HDS promove evento on-line sobre infecções em instituições de longa permanência

Evento, dividido em três blocos, contou com a participação das diretoras-geral e técnica e de  enfermeira da CCIH da unidade do Governo de Goiás

No HDS residem 15 pacientes, que recebem cuidado e atenção 24 horas por dia

Infecções em instituições de longa permanência para idosos foi o tema do evento on-line promovido pela Comissão de Ensino, Pesquisa e Treinamento do Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta – HDS. Dividido em três blocos, a ação contou com a participação da diretoras-geral e técnica da unidade do Governo de Goiás, respectivamente, as médicas Mônica Ribeiro Costa e Lívia Evangelista da Rocha Aguilar; e a enfermeira da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Thays Gomes da Silva.

O primeiro bloco foi conduzido por Lívia Evangelista da Rocha Aguilar, que ressaltou o aumento da população idosa no mundo, que tem provocado mudanças na sociedade. A profissional apresentou dados demográficos divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2020, que aponta mais de 30 milhões de pessoas acima de 60 anos vivendo no Brasil. 

Diante desse cenário de continuo envelhecimento, as instituições de longa permanência para idosos (ILPIs) têm ganhado importância como alternativa, não só de moradia, mas também de atenção à saúde e cuidado. Lívia ressaltou também que as ILPIs têm características residenciais e estrutura que promovem atenção integral às pessoas com mais de 60 anos. Contam com profissionais qualificados e oferecem um mix de serviços disponíveis com o objetivo de garantir uma vivência digna e os direitos dos idosos que nelas residem. 

Para promoção do bem-estar ao morador de uma ILPI, é importante observar alguns fatores que minimizam o risco de doenças e infecções, como a qualidade da assistência, infraestrutura adequada, número apropriado de moradores, entre outros. "Manter o calendário de vacinas em dia é fundamental para prevenir as infecções", diz a médica.

Infecções 
No segundo bloco do evento, Mônica Ribeiro Costa, abordou as causas das infecções de maior incidência na ILPI. Afirmou ser a infecção do trato urinário uma das infecções mais recorrentes nos residentes dessas instituições. "Muitos são os fatores que contribuem para essa causa, alguns como o uso de sondas, dificuldade no esvaziamento urinário, déficit cognitivo, uso desnecessário de antibióticos aumento do risco de bactérias multirresistentes. Isso impacta na hora de tratar uma infecção", afirma.

Mônica destaca ainda que o idoso demanda um cuidado maior, e que é importante que essas instituições se atentem às particularidades de cada um. "É uma população já comprometida, devido à idade, e que geralmente possui um déficit no sistema imunológico, por isso, as práticas para prevenção e controle das infecções são fundamentais para proporcionar qualidade de vida para essas pessoas", explica.

Com a chegada da Covid-19, os cuidados nas ILPIs precisaram ser intensificados para evitar o contágio em massa, uma vez que esses pacientes vivem em ambiente coletivo. "É muito importante que em uma ILPI haja uma vigilância sistemática dos pacientes e profissionais sintomáticos e, se possível, seja feito um rastreio laboratorial com exames para detectar o vírus, além do uso universal da máscara e restrição de visitas", enumera a médica.

Para finalizar o evento, a enfermeira da CCIH, Thays Gomes da Silva, reforçou as medidas de prevenção e controle das infecções em pacientes moradores de ILPIs. Atualmente, no HDS,  residem 15 pacientes, e todos contam com o cuidado e a atenção 24 horas por dia.

Naiclea Silva/Agir
 

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