Hugo promove atividades lúdicas no atendimento a pacientes

Ação aplicada na unidade do Governo de Goiás facilita compreensão do estado de saúde, melhora autoestima e pode acelerar recuperação

Paciente do Hugo durante uma das atividades lúdicas oferecidas pela equipe de fisioterapia

Quem vê a paciente Ivalilde Pereira da Silva, de 60 anos, nem imagina o problema que ela tem enfrentado nos últimos dias. Ivalilde foi internada no Hospital Estadual de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) com trombose intestinal e passou por uma cirurgia. O tratamento tem sido satisfatório, e há previsão de alta nos próximos dias, segundo a equipe assistencial. Mas o que tem facilitado a estadia neste período de internação, sem sombra de dúvida, são as atividades lúdicas. 

“A gente nem imagina que uma brincadeira dessas pode fazer tão bem. Eu estou fazendo, ao mesmo tempo, atividade psicológica, fisioterapia motora e respiratória”, celebra a paciente. Ela fala isso enquanto aproveita para brincar um pouco com a fisioterapeuta da unidade do Governo de Goiás, que vai até o leito e, entre uma atividade e outra, exercita a paciente com os estímulos. 

O departamento multiprofissional do Hugo desenvolveu a ação em enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para que os pacientes possam quebrar a rotina de tratamento. Tudo higienizado, antes, com produtos químicos, por causa da pandemia, é hora de usar a bola, um ‘vai e vem’, um pedal ou até uma luva cheia de ar, para fazer com que brinquedos se transformem em ferramentas para a terapia. E isso facilita muito o desempenho de quem passa por um período de internação. 

Coordenadora do atendimento multiprofissional, Andressa Arruda diz que é muito bom ver pacientes darem gargalhadas, mesmo em meio a um processo de tratamento e recuperação. “Com bom humor e criatividade, quando trazemos atividades lúdicas, conseguimos ter mais adesão às terapias propostas, fazendo do exercício algo prazeroso. Eles ganham força muscular, enquanto arrancamos sorrisos.”

 O trabalho faz parte de uma nova adequação da metodologia de abordagem do hospital que tem estimulado a humanização das terapias. “A realização de exercícios e a mudança de abordagem do cuidado ao paciente baseiam-se na ideia de que o repouso prolongado traz prejuízo a diversos órgãos, mas, principalmente, para a musculatura. Durante o repouso no leito, os músculos são ativados com menor frequência que no dia a dia. Fazendo a terapia dessa forma, nós humanizamos e transformamos a atividade em prazerosa”, completa.

Jairo Menezes (texto e foto)/INTS

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