Ação realizada entre os dias 12 e 16 de abril com 73 profissionais integra calendário de educação permanente da unidade do Governo de Goiás

Cuidado indispensável na linha de frente do enfrentamento à Covid 19, o trabalho da Odontologia Hospitalar nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) pode salvar vidas. Com foco nisso, a Supervisão de Enfermagem e UTI, em parceria com a Coordenação de Atendimento Odontológico ao Paciente (Caop), do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), promoveu um treinamento de higiene bucal para os profissionais que atuam nas Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da instituição.
 
Realizado entre os dias 12 e 16 de abril, o treinamento capacitou 73 profissionais, entre enfermeiros e técnicos em enfermagem. “No Crer, trabalhamos com melhoria contínua dos processos, o que prevê a educação permanente dos profissionais. Neste sentido, resgatar os protocolos minimiza as falhas, fortalece a comunicação entre as equipes e reforça a importância do cumprimento das rotinas adotadas na instituição”, explica a supervisora de Enfermagem UTI, Juliana Caldas.
 
Com tema Higiene Bucal, o treinamento ressaltou a importância da rotina na prevenção de doenças e no agravamento do quadro clínico do paciente. “O paciente que está acamado, ou intubado, em um leito de UTI há alguns dias apresenta uma modificação na flora bacteriana da boca, além da diminuição da quantidade de saliva. Esses fatores contribuem para o acúmulo de maior sujidade, o que pode acarretar em doenças”, explica a coordenadora da Caop, Vilma Inutuka Pereira Rocha.

“Quando fazemos uma boa higiene bucal, principalmente nos pacientes que estão em ventilação mecânica, estamos promovendo, além da limpeza, diminuição da carga bacteriana que fica concentrada nesta região e que pode acarretar em doenças e possível agravamento do quadro clínico do paciente”, ensina ainda a coordenadora.
 
Entre as atribuições da equipe de enfermagem em uma UTI está a realização da higiene bucal. Esta, além de ser um cuidado que proporciona manutenção da higiene e do conforto, tem sido abordada, na literatura científica, como uma prática de controle de infecção e uma medida que visa a segurança do paciente.

O treinamento é realizado em dois momentos. Nesta primeira etapa, os profissionais foram treinados tendo como referência um macro modelo de arcada dentária. Em um segundo momento, o treinamento será à beira leito, colocando em prática o que foi replicado entre as equipes.

Patrícia Borges (texto e foto)/Agir