Antes de deixar a unidade, Juvenilson da Costa, de 22 anos, foi homenageado pelas equipes do hospital

Após 169 dias internado, o trabalhador rural Juvenilson da Costa Pereira, de 22 anos, recebeu alta nesta terça-feira (06/04), do Hospital de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade de saúde do Governo de Goiás. Ele deu entrada no local em 19 de outubro de 2020, vítima de um acidente de trânsito. No período de internação passou pela Unidade de Terapia Intensiva e enfermaria.

Antes de deixar o Hugo, Juvenilson foi homenageado pelos colaboradores da unidade, que se posicionaram em um corredor e o aplaudiram. A ação foi idealizada pela equipe multiprofissional que acompanhou o paciente durante o tratamento. “Eu queria agradecer todo mundo que me ajudou e cuidou de mim no hospital. Obrigado por tudo”, falou Juvenilson.

Emocionada, a mãe dele também se manifestou durante a alta. “Agradeço a todos que cuidaram do meu filho nesses quase seis meses. Graças a Deus estou levando ele pra casa. Ele foi muito bem tratado no Hugo, que Deus abençoe todos vocês”, relatou. 

Para deixar a rotina menos dolorosa, a equipe do Hugo realizou ações de humanização durante a internação de Juvenilson. “Ao longo desses 169 dias, proporcionamos ao paciente três banhos de sol, acompanhado pela mãe, além de corte de cabelo e uma assistência da nutrição com proposta de um cardápio diferenciado. Enquanto ficou na unidade, ele teve acompanhamento social e psicológico”, explicou a coordenadora multiprofissional do local, Andressa Arruda. 

A profissional ressalta ainda a felicidade em ter vivido esse momento que marcou todos que atuam no hospital. “Ver o paciente sair daqui bem, após esse longo trajeto de internação, é uma vitória. Gratidão por podermos ajudar milhares de pessoas e por contribuir, partilhar e proporcionarmos um atendimento seguro e com ênfase na humanização”, ressaltou a coordenadora.

Responsável por toda a organização logística da alta do paciente, Karita Garbin, membro do departamento de Relacionamento e Ouvidoria do Hugo, teve que articular tudo para que Juvenilson não soubesse de nada. “A mãe dele ficou ciente, mas conseguimos manter em segredo dele até a hora da saída. Conseguimos que todos os departamentos estivessem representados por colaboradores que se despediram.  Afinal de contas, o hospital é feito por todos”, conta.

Humanização
“Eu tenho fé e o Juvenilson também. Não tem como não levar os casos para a nossa casa. Eu levei o (caso do) Juvenilson para casa, assim como levo tantos outros. Eu fiz orações para que ele saísse bem e em condições de ter uma vida normal. A gente se sente no lugar deles e posso garantir que viver a empatia é muito mais que só ouvir”,  disse a residente em psicologia do hospital, Daniele Cristina, que acompanhou todo o tratamento.

O Hugo proporciona aos seus pacientes um tratamento humanizado, que faz com que os usuários se sintam acolhidos, confortáveis e agradecidos. As práticas buscam dar dignidade aos cuidados realizados às pessoas atendidas na unidade. A missão do hospital é oferecer um atendimento de excelência com acolhimento e cuidado, focado na satisfação do usuário.

Jairo Menezes (texto e foto)/INTS