Hospital Regional de Luziânia se prepara para 2021

Referência no combate ao coronavírus no Entorno do DF, em seu sétimo mês de atuação, unidade do Governo de Goiás recebe elogios de pacientes e profissionais de saúde

D. Hortóbia Meireles (Vovó Tuna), 90 anos, deixa o HRL, após vencer a Covid-19, e volta para casa

Inaugurado há quase sete meses, em meio à pandemia do coronavírus, o Hospital Regional de Luziânia (HRL), no Entorno do Distrito Federal, já está fazendo o provisionamento de materiais para o início de 2021. “Mesmo com a chegada da vacina, entendemos que haverá necessidade de continuar o trabalho de atendimento e prevenção do vírus”, prevê Suzana Brito Castilho, gerente assistencial da unidade do Governo de Goiás. 

Após o fim da pandemia, a população de Luziânia e região espera que o hospital se transforme em um legado. “É o nosso maior sonho ter um hospital permanentemente cuidando da população da cidade e dos municípios vizinhos”, deseja Suzana, enfermeira há seis anos e com atuação no HRL desde o início. Nesse período, o hospital já atendeu mais de 9 mil pessoas no pronto-socorro e comemorou 440 altas. 

Sem condições de tratamento na região, os mais de 1,2 milhão de pessoas precisavam buscar ajuda nos hospitais de Brasília. A decisão firme e assertiva de transformar o prédio desativado havia quatro anos em hospital de campanha foi do governador Ronaldo Caiado. Em uma semana, uma equipe de médicos, enfermeiros e administrativo colocou a unidade para funcionar. 

Os primeiros pacientes vieram transferidos pelo Complexo Regulador em Saúde de Goiás. Os leitos são ocupados gradualmente, a partir da avaliação diária e conjunta da direção com a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO).

Referência 
O HRL transformou-se, em poucos meses, em referência no combate ao coronavírus no Entorno do Distrito Federal. Conta com 20 leitos de UTI, 31 de enfermaria e mais de 240 profissionais altamente qualificados. Possui tomógrafo e aparelho de Raio-X digital. Inaugurou um serviço de teletriagem, para facilitar o diagnóstico da população e diminuir a circulação de pessoas com o objetivo de minimizar a proliferação do vírus.

“Vivemos momento de muita apreensão, com uma doença que pouco conhecíamos. Nestes sete meses, passamos a valorizar ainda mais algumas profissões, como os fisioterapeutas, que nos ajudaram a ajustar os parâmetros de ventilação. Entendemos a necessidade de uma assistência constante do corpo de enfermagem. Acolhemos e nos solidarizamos com a dor das famílias’, relata Suzana. 

Para a gerente assistencial, a ativação do hospital de campanha ajudou a salvar milhares de vidas. “Eram pessoas desassistidas que conseguiram tratamento rápido e adequado. O hospital também gerou dezenas de empregos para os profissionais da região”, diz.

Só no início de dezembro, mais de 20 pessoas tiveram alta do HRL. Entre elas, a dona Hortóbia Meireles Leite (Vovó Tuna) que, aos 90 anos, conseguiu vencer o vírus e voltou para casa. A família enviou ao hospital um depoimento emocionado, agradecendo “aos profissionais que aliviaram as dores, ouviram suas histórias e sorriram nos momentos mais difíceis”.

Emoção
Coordenadora do Núcleo Interno de Regulação (NIR), a enfermeira Mayara Rocha de Oliveira conta, emocionada, o quanto aprendeu e se desenvolveu profissionalmente nos últimos meses. Desde junho, diz, alternou estado de medo e cansaço, mas conseguiu superar recebendo o carinho dos pacientes e familiares. Um dos momentos emocionantes foi a alta da professora Simone Alves Rabelo Meireles, de 40 anos, moradora de Luziânia, que ficou 66 dias internada, dos quais 59 só na UTI.

“Eu não estava de plantão no dia da alta, mas fiz questão que me ligassem, e participei, por vídeo, da festa que fizeram. Parentes e professores comemoram muito. Foi realmente emocionante”, diz. Os parentes de Simone deixaram um depoimento de agradecimento à equipe de saúde. “Que Deus os recompense pela dedicação, paciência, coragem e Amor”, escreveram.

Luís Fernando Fernandes (texto e foto)/Imed

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