Paciente é alfabetizado durante teleatendimento do Crer

Unidade do Governo de Goiás atende João Pedro e outras dezenas de crianças nas áreas de fonoaudiologia, psicologia e psicopedagogia

Profissionais do Crer durante sessão com João Pedro, acompanhado da mãe, Juliana Picolo

Tendo como missão reabilitar o ser humano, o Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo – CRER inovou e se reinventou durante a pandemia para garantir a continuidade do cuidado do paciente em tratamento no hospital. Prova disso é o case de sucesso alcançado pelo Grupo Terapêutico de Leitura e Escrita da unidade do Governo de Goiás. 
 
Mesmo com a suspensão dos atendimentos presenciais, os profissionais deram continuidade ao tratamento dos pacientes com encontros virtuais. E um dos saldos positivos desse compromisso com o usuário é a conquista do paciente João Pedro Picolo dos Santos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA)  e em tratamento no hospital há seis anos, que foi alfabetizado durante os teleatendimentos realizados pelo hospital no decorrer da pandemia.
 
"O João Pedro sempre frequentou escola regular, mas foi no Crer que ele foi alfabetizado. Durante os atendimentos digitais do Grupo de Leitura e Escrita, ele teve um salto de desenvolvimento e hoje consegue ler e escrever. Meu filho nunca se adaptou à escola regular e, por isso, o Crer sempre foi tudo para ele. Todo o nosso suporte terapêutico e emocional está nesse hospital. Para nós foi muito importante a continuidade do tratamento", ressalta a mãe do paciente, Juliana Sousa Picolo.
 
Durante todo o período da pandemia, quando os atendimentos eletivos presenciais foram interrompidos, João Pedro continuou sendo assistido pelo hospital por meio dos teleatendimentos. Participante do Grupo Terapêutico de Leitura e Escrita há cerca de um ano, ele e outras dezenas de crianças com dificuldade de aprendizagem recebem atendimento profissional nas áreas de fonoaudiologia, psicologia e psicopedagogia. 
 
Método das Boquinhas
"Os encontros do Grupo Leitura e Escrita acontecem uma vez na semana, com duração de 40 minutos e com a utilização do Método das Boquinhas. Além dos pacientes, incluímos também os pais e responsáveis na terapia, afinal o estímulo ao desenvolvimento da criança deve ser constante. O Grupo já existe há mais de oito anos e, de lá pra cá, já conseguimos transformar a realidade de dezenas de pacientes com dificuldade de alfabetização. É muito gratificante", explica a fonoaudióloga do Crer, Giane Passos Lozi de Andrade. 
 
 Para a mãe do João Pedro, participar da terapia faz toda a diferença no dia a dia da família. "Aprendo junto com ele, só assim para eu saber ensinar e estimular meu filho. Muita coisa eu não sabia e aprendi com as terapeutas. Hoje sei da importância de estimular o João Pedro para potencializar o desenvolvimento dele. Além disso, a troca com os outros pais que participam é muito rica e acolhedora." 
 
Atualmente, existem três Grupos de Leitura e Escrita, na terça-feira, que atendem crianças com diferentes diagnósticos, como: deficiência auditiva, microcefalia, autismo, deficiência intelectual, síndromes e deficiência visual.

Rafaela Bernardes (texto e foto)/Agir

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