Homenagens e fotos marcam Semana da Prematuridade no HMI

Atividades realizadas pela unidade do Governo de Goiás têm como objetivo chamara a atenção para a campanha Novembro Roxo

As mamães Maurijane e Ana Karen seguram seus filhinhos, pelo Método Canguru, desenvolvido no HMI

No intuito de chamar a atenção para a campanha Novembro Roxo – mês em que se comemora o Dia Mundial da Prematuridade, celebrado no dia 17 –, o Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI), unidade do Governo de Goiás, promove a Semana da Prematuridade.
 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nascem antes do tempo 15 milhões de bebês, por ano, no mundo. No Brasil, 11,7% do total de nascimentos ocorrem antes de 37 semanas de gestação. No HMI, esse tipo de nascimento corresponde a cerca de 60% dos partos realizados. O alto índice é explicado pelo fato de o hospital ser especializado nesse tipo de atendimento.
 
Por causa da pandemia do coronavírus, as ações estão mais restritas neste ano. A unidade preparou, na terça-feira, 17, uma tarde especial para as mães que estão na unidade com bebês prematuros. Reunidas no auditório do hospital, com as devidas precauções de segurança, elas participaram de evento com  exposição de banners com fotos de bebês prematuros, vídeo com imagens de prematuros e de profissionais que se dedicam nos cuidados dos bebês, além de depoimento de mãe de bebê prematuro. 

As mães foram presenteadas com um porta-retrato. Parte da equipe de multiprofissionais que trabalha no hospital esteve presente. Nas falas de coordenadores e neonatologistas, todos destacaram a importância das mães no acompanhamento de seus filhos e do carinho e dedicação dos profissionais.
 
Hospital especializado

Maurijane Silva, de 24 anos, é de Querência, Mato Grosso. Ela veio realizar o parto no HMI, por ser uma unidade de referência. Sua filha nasceu em 27 de outubro, com 30 semanas, pesando 1.835 gramas. ”Fiquei um pouco assustada com a notícia de que não conseguiria levar a gestação até o final. Mas, sabendo que vim para um hospital especializado, com toda a assistência que tive e estou tendo aqui, estou tranquila. Estou só aguardando minha filha ganhar peso para poder receber alta”, disse, segurando a bebê no canguru. 

Ana Karen, 16, também teve o filho prematuro. O bebê chegou no dia 25 de outubro, com 31 semanas de gestação e pesando 1.500 gramas. “É meu primeiro filho, e não esperava que ele fosse nascer antes da hora. Foi um susto. Mas ele está recebendo todos os cuidados necessários. Enquanto aguardo a recuperação e ganho de peso, aprendo a ficar com ele no Método Canguru e como cuidar dele depois”, pontuou Ana. 

Iolanda Lobato, 27, passou por uma gravidez complicada, teve que ficar de repouso, mas, ainda assim, a filha chegou mais cedo. Ela nasceu no dia 18 de outubro, com 34 semanas, e está internada na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin). “É minha primeira filha, e meu sonho era tê-la em casa, alimentá-la, segurá-la no colo. Não era vê-la em incubadora, com máquina, oxigênio, com médicos e enfermeiros cuidando dela. Mas venho todos os dias para ela saber que nossa família espera ansiosamente por ela”, disse Iolanda.
 
Agradecimentos
A diretora-geral, Laryssa Barbosa, fez a abertura do evento e agradeceu a todos pela dedicação. ”Quero deixar minha homenagem e agradecimento a todos os profissionais que lidam diariamente com estes bebês, garantindo atenção humanizada para os prematuros, e aos pais pela confiança e participação desse cuidado, nesse momento tão importante”, afirmou a diretora. 

Segundo a pediatra neonatologista Daniella Portal, apesar do alto índice de nascimento de prematuros, houve um avanço muito grande no cuidado desse bebê. “O envolvimento, a sensibilização, a integralidade da assistência da equipe multiprofissional e a participação dos pais têm contribuído bastante na recuperação do recém-nascido prematuro”, salientou a médica.
 
O hall de entrada do hospital, que tem uma galeria de pôsteres de recém-nascidos prematuros, a Unidade de Cuidados Intermediários (Ucin) e a Utin receberam decoração especial, com flores, borboletas, varais e balões na cor roxa, símbolo da campanha. Um painel com fotos dos bebês que passaram pela unidade foi montado na parede de entrada da Ucin.
 
Referência

O HMI é referência não somente em Goiás, mas também na Região Centro-Oeste, por ser especializado no atendimento a casos de média e alta complexidade para a mãe e para o bebê. Destaca-se pela assistência humanizada e pelo Banco de Leite Humano, que funciona dentro da unidade, com certificação de Hospital Amigo da Criança.

Esse título foi concedido por meio da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (Ihac), idealizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Unicef. O Método Canguru da unidade, técnica que consiste no contato contínuo pele a pele entre mãe e bebê, garante uma recuperação mais rápida e eficiente aos prematuros, com redução do tempo de internação.

Marilane Correntino (texto e fotos)/IGH

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