Em uma sala do prédio administrativo da unidade do Governo de Goiás, Julieny de Paula recebe visita de Valentina, de apenas 20 dias, e amamenta a filha

Emoção foi o sentimento que tomou conta do Hospital de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) na manhã desta sexta-feira, 23. A unidade de saúde do Governo de Goiás permitiu o encontro de Julieny de Paula, que está internada na enfermaria, com a filha recém-nascida. Mãe e filha tiveram um momento único,, recheado de gratidão e amor materno.

A ação foi realizada pela equipe multiprofissional do Hugo, coordenada pela psicóloga Letícia Vieira, ­e faz parte do tratamento humanizado que o hospital proporciona aos pacientes.  De acordo com Letícia, os profissionais da unidade, administrada pelo Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), têm como missão minimizar o sofrimento do paciente. “Nós estamos aqui para proporcionar vida, amor e acolhimento”, afirmou. 

Para realizar esse acolhimento materno, a equipe multiprofissional se mobilizou para garantir segurança e conforto. Segundo Letícia Vieira, foi realizada uma avaliação com a equipe médica do hospital, e a psicologia Mônica Lelis acompanhou a paciente durante a visita. Todas as medidas de segurança foram tomadas. 

“A família e a bebê entraram no Hugo pela Avenida 90, para não terem contato com área assistencial da unidade. Nós preparamos uma sala no prédio administrativo para acontecer a visita“, explicou. Letícia reitera que Julieny foi orientada pela enfermagem de como tomar o banho e sobre a lavagem da mama antes de amamentar a filha. 

Infarto no baço
Julieny de Paula deu entrada no Hugo no dia 17 de outubro, com suspeita de infarto no baço, e desde então não pôde mais amamentar e segurar a filha nos braços. O reencontro emocionou os familiares e toda a equipe do  hospital que participou da ação. Com os olhos marejados, Juliane de Paula, irmã da paciente, agradeceu a equipe por realizar esse momento. 

“Estou muito feliz de  estar aqui hoje e trazer a Valentina para ver  a mãe. A Valentina tem hoje 20 dias de vida e está há oito dias sem ver a mãe. O hospital promoveu este momento de união de mãe e filha, um momento muito lindo e especial. Eu nunca imaginei que um hospital público fizesse tudo isso. Agradeço a todos. Desde a equipe de limpeza à direção do hospital, o meu muito obrigado”, disse Juliane, com a voz embargada.

A direção e a coordenação multiprofissional do Hugo tentam ao máximo proporcionar ao paciente um atendimento humanitário. "Nós estamos aqui para ouvir cada um e proporcionar que a internação seja menos sofrida e mais leve e humana. Nós pensamos em um tratamento macro, não só em uma perna ou um braço que está doendo, mas no que dói no coração. E, para a Julieny, estava doendo não poder ver a filha, e nós conseguimos realizar esse desejo dela. Com certeza, a paciente vai voltar para o leito extremamente mais aliviada e tranquila para seguir o tratamento", deseja Letícia

Julianna Adornelas (texto e foto)/INTS