Goiás realiza, em meio virtual, seminário de ouvidorias 

Na quarta edição, evento reuniu ouvidores e gestores de Goiás e de outros Estados para compartilhar experiências de sucesso e mostrar desafios originados pela pandemia

O Governo de Goiás, por meio da Rede Goiana de Ouvidorias, realizou na manhã desta quinta-feira, 15, o 4° Seminário Goiano de Ouvidorias, com o tema Ouvidorias no Contexto da Pandemia: Experiências e Desafios. Em formato virtual, transmitido pelo YouTube, o evento compartilhou as experiências de sucesso das ouvidorias públicas e apontou os desafios originados a partir da crise sanitária do coronavírus. 

Durante o encontro, o secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, citou números e relatou ações que destacam a dimensão do desafio enfrentado no período. Entre eles, destacou a Central de Orientações (Cori) e o chatbot Vitória, para atendimento à sociedade em relação à Covid-19. Dividido em três níveis de atuação, complexidade e respostas às demandas, a Cori já realizou mais 9 mil atendimentos. 

Na ouvidoria clássica, ligada à Controladoria-Geral do Estado (CGE) e ao Sistema Único de Saúde (SUS), Alexandrino destacou o número de atendimentos positivos, durante o período. Nada menos que 2.465 ocorrências, ou 44,5% do total, se enquadram nesse perfil, enquanto que 2.258 (22%) inserções foram de reclamações. 

Trabalho em equipe
“E a Ouvidoria é muito espontânea, não é induzida”, lembrou, ao ressalvar que os dados não foram apresentados com o intuito de se vangloriar, mas para apontar que se está na direção certa. Nesse aspecto, compartilhou o que considera outro grande acerto, ao convidar para a Ouvidoria da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Erenice dos Santos. “Trabalho fantástico dessa profissional de carreira, que era de outra área. Deus nos iluminou a fazer essa escolha feliz”, agradeceu.

De março a agosto deste ano, a SES-GO apresentou uma caraterística interessante, segundo o secretário, em estreita ligação com as ouvidorias da CGE e do SUS, a quem a Ouvidoria da Saúde goiana também se subordina, com um nível de complexidade um pouco maior. “Mas encaro como dupla oportunidade de ouvir o cidadão com mais de uma visão”, entende Alexandrino, ao lembrar que o gestor, antes de se propor a ser gestor, tem de se propor também a ser ouvidor, independentemente de trabalhar na Ouvidoria ou não. 

Essa característica, na visão do secretário, é a necessidade de se ouvir mais a população. Pois ouvir, definiu, é um exercício de empatia. “Tentamos exercitar isso, o que se reflete no resultado, diminuindo o tempo de resposta”, revelou, em alusão aos números apresentados pelo controlador-geral do Estado, Henrique Ziller, que também compôs a mesa de debates.

Recorde histórico
“Foi justamente no auge do enfrentamento da pandemia que obtivemos o melhor índice no prazo das respostas das ouvidorias: 4,3 dias de média no atendimento”, confirmou Ziller, que definiu a marca como “recorde histórico” e parabenizou todos os profissionais das ouvidorias pela conquista. Entre eles, citou os servidores da SES e da Segurança Pública pela dedicação.

Para o controlador-geral do Estado, a mediação desses profissionais entre os interesses individuais e a “máquina estatal” é de suma importância. “Com o tamanho que o Estado tomou, o cidadão muitas vezes se sente incapaz de movimentar essa máquina, não sabe como dar andamento nisso. A quem recorrer diante de uma demanda pessoal?”, questiona, para apontar o profissional da ouvidoria, que, na definição de Ziller, tem uma função “quase sacerdotal”.

Além dos representantes da SES-GO e da CGE, também participou do seminário, como integrante da Rede Goiana de Ouvidorias, a procuradora de Justiça e ouvidora-geral do Ministério Público de Goiás (MP-GO), Orlandina Brito Pereira. Outro representante goiano no evento virtual foi Vinícius Sado Rodrigues, ouvidor da Universidade Federal de Goiás.
 

Procuradora de Justiça e ouvidora-geral do MP-GO, Orlandina Brito Pereira foi a mediadora do seminário virtual.

Rede de Ouvidorias
SES-GO e CEG fazem parte da Rede Goiana de Ouvidorias, que inclui ainda, entre outros, o Tribunal de Justiça do Estado, a Assembleia Legislativa, os Tribunal Regionais Eleitoral de Goiás e do Trabalho, os Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios e a Controladoria-Geral da União Regional-GO.

As experiências e desafios das auditorias de outros dois Estados e da União foram relatados pelo auditor federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU) e ouvidor-geral do Ministério da Saúde, Sérgio Akutagawa; o promotor de Justiça e ouvidor do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte, Erickson Barros dos Santos; e o procurador de Justiça do Ministério Público do Acre, Oswaldo D’Albuquerque.

Ouvidor-Geral do Ministério da Saúde, Sérgio Akutagawa foi um dos participantes nacionais do seminário do Governo de Goiás.

José Carlos Araújo/Comunicação Setorial

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