Mãe agradece HMI por cuidar do seu filho por 6 meses

“Foi um presente de Deus em minha vida”, afirma Lhayz Almeida sobre a unidade do Governo de Goiás, ao levar o bebê para casa, em Palmeiras de Goiás

Lhayz Amanda e o pequeno Noha recebem o carinho de colaboradoras ao deixarem o HMI

Alegria, emoção, gratidão, além de balões e muitas palmas marcaram a alta hospitalar do pequeno Noah, de 5 meses e 28 dias, do Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI), unidade do Governo de Goiás. Parte da equipe multidisciplinar e médica, que acompanhou a história do bebê, fez questão de despedir com uma salva de palmas.
 
Lhayz Amanda Assis Rodrigues, de 20 anos, era só alegria em poder levar seu filho para casa, em Palmeiras de Goiás, a 94 km de Goiânia, no dia 30 de setembro. Ela expressou sua gratidão a toda equipe por acolher e cuidar de seu filho. “Sou muita grata a Deus e ao Materno-Infantil com toda sua equipe por eu estar com meu filho hoje. O Materno-Infantil foi um presente de Deus na minha vida. Agradeço a todas as pessoas que cuidaram do Noah, que me deram força, dizendo que ia dar tudo certo, e deu. Muito obrigada”, comemorou Lhayz.
 
Durante todo o tratamento de Noah, Lhays sempre acompanhou de perto, sendo uma mãe pró-ativa nos cuidados e no carinho com o bebê. Ela também recebeu o apoio da equipe de multiprofissionais da unidade. A psicologia, por exemplo, deu atendimento ao bebê e à mãe.  

“Noah era um bebê agoniado e muito agitado no leito. O atendimento psicológico a ele consistia na estimulação cognitiva a partir de músicas e da voz, e era realizado o Método Canguru, no intuito de potencializar sua recuperação e tratamento tanto pela equipe do hospital quanto pela mãe. Já Lhayz estava muito abalada emocionalmente, e nosso trabalho foi acolher, escutar e auxiliar”, pontuou a coordenadora da Psicologia, Flávia Zenha.
 
A pediatra Cynara Porto, uma das profissionais que acompanhou a evolução do Noah, ficou feliz em ver o bebê ir para casa. “O Noah passou muito tempo com a gente, teve várias intercorrências da própria prematuridade. Passou por cirurgia, infecções e conseguiu vencer. Na visão da pediatria neonatologia, ele foi um guerreiro que conseguiu passar por todos esses percalços”, lembrou Cynara.

“Foi gratificante vermos a mãe sair daqui empoderada, sabendo como cuidar de seu filho. Ela aprendeu todos os procedimentos que devem ser feitos corretamente, como dar a dieta pela sonda, troca de fralda, a posição canguru e toda atenção necessária a ter com seu bebê”, explicou ainda a médica.
 
Prematuridade
Noah nasceu no dia 3 de abril de 2020, no HMI, com 27 semanas de gestação, 945 g e 39 cm (prematuro extremo), sendo necessárias a intubação e internação na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin). Apresentou muitas complicações, precisou ser submetido a procedimentos cirúrgicos, enfim, foi uma verdadeira batalha pela vida. Quando saiu da Utin foi para Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin), para continuar seu tratamento.

Após a estabilização de todo o seu quadro clínico, e para que a mãe aprendesse a cuidar dele, foram transferidos para a Pediatria. Com sucesso no tratamento, Noah recebeu alta hospitalar. Ele continua dependente do cateter de oxigênio e da gastrostomia (GTT) – método alternativo e seguro para a nutrição enteral prolongada em pacientes com dificuldade ou impossibilidade de nutrição por via oral. Agora, Noah receberá tratamentos em casa, com os cuidados de ‘home care’.

Marilane Correntino (texto e foto)/IGH

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