Liga Doa Goiás, da UFG, realiza o Setembro Verde no Hugo

Ação na unidade do Governo de Goiás tem o intuito de conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos e tecidos

Integrantes da Liga Doa Goiás durante movimentação do Setembro Verde no Hugo

A manhã de feira, 22, foi diferente e com muita informação para os pacientes, colaboradores e  visitantes do Hospital de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (Hugo). Acadêmicas do curso de enfermagem da Universidade Federal de Goiás (UFG), participantes da Liga Doa Goiás, realizaram na unidade de saúde do Governo de Goiás a campanha Setembro Verde, mês de conscientização para doação de órgãos. 
    
A ação foi idealizada pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes do Hugo (CIHDOTT) e pela equipe multiprofissional do Hugo, em parceria com a Liga. As alunas colocaram balões verdes nos carros que estavam no estacionamento do hospital e entregaram panfletos informativos sobre a campanha para as pessoas que passavam na porta da unidade.  A campanha faz parte da programação do Hugo para celebrar o Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, comemorado no próximo domingo, 27. 

De acordo com a enfermeira de transplantes e presidente da CIHDOTT, Tânia Lemos Andrade, as atividades são especificamente para interagir os colaboradores, pacientes e familiares da unidade. “Uma vez que a gente leva essa comunicação com a prática, com exemplos, divulgação de cartazes, fotografias e distribuição de panfletos, despertamos nas pessoas a consciência e a necessidade da doação de órgãos, após a morte encefálica e também a importância de uma doação em vida, como doação de sangue e a doação de órgãos de paciente vivo”, explica. 

Para a presidente da Liga Doa Goiás Isabela Lopes Moreira, a função do grupo é conscientizar e tentar acabar com o tabu que permeia o assunto da doação de órgãos. "Tentamos trabalhar o assunto com leveza e mostrando a importância de dizer o “sim” para a doação. São milhares de brasileiros na fila de transplante, lutando por suas vidas e pedindo desesperadamente por uma chance de continuar, e nós trabalhamos por eles. Queremos ajudá-los. Quando conseguimos uma doação, é motivo de pesar pela família que perdeu seu ente querido e alegria pelas vidas que foram salvas. É um trabalho social, lento e gradativo", afirma. 

Dizer “sim” após a perda de um ente querido pode ser doloroso, mas também pode mudar a vida de milhares de pessoas que esperam por um transplante. A campanha Setembro Verde, realizada ao longo deste mês, tem o intuito de sensibilizar a população para a doação de órgãos e tecidos. Para ser um potencial doador, não é necessário deixar algo por escrito. Porém, é fundamental comunicar à família o desejo de doação.

A coordenadora multiprofissional do Hugo, Letícia Vieira, ressalta a importância dessa comunicação.   "Falar sobre doação de órgãos nos remete a outras palavras, como amor, solidariedade e salvar outas vidas, mas quando olhamos mais profundamente a gente vai pensar em como é para as famílias o processo de aceitação da morte, do luto e o que significa para essa família doar o órgão. O acolhimento da família e muito significativo no processo, é importante que, em vida, o assunto seja discutido nas famílias.

Julianna Adornelas (texto e foto)/INTS
 

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