HMI promove terapia ocupacional para “mamães cangurus”                  

Terapia ocupacional será realizada na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin) do hospital do Governo de Goiás

Mães aprendem a confeccionar bonecos, enquanto aguardam recuperação dos filhos no HMI

Referência em Goiás na aplicação do Método Canguru, o Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI), unidade do Governo de Goiás, deu início a um projeto de terapia ocupacional para as mães dos bebês internados na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin) Canguru. O projeto será realizado de 15 em 15 dias.

As mães dos bebês prematuros ou que necessitam de um cuidado especial acabam passando muitos dias no hospital até que o bebê esteja pronto para ir para casa e receber alta. Às vezes, a espera gera ansiedade, irritação, tédio e angústia. A técnica de enfermagem Neuzirene Gonçalves, que trabalha na unidade, confecciona palhacinhos com material reciclado e costuma presentear os bebês com sua arte. 

Ao perceber o interesse das mães e sentindo a necessidade de uma distração, enquanto elas cuidam e esperam pela recuperação dos filhos, a colaboradora se propôs a ensinar as mães a confeccionar os bonecos. Ao expor seu projeto à  coordenadora e gerente, recebeu total apoio, inclusive com ajuda de material. 

“Pra mim, é muito gratificante poder compartilhar esse aprendizado, ajudar as mães a se ocuparem com  uma boa atividade e ter o meu trabalho reconhecido. Futuramente, pretendo ampliar esse trabalho voluntário a outras unidades do hospital”, afirmou a técnica de enfermagem.

Assistência humanizada
A coordenadora da Ucin, Lilian Jerônimo, destaca que a assistência neonatal humanizada estimula o desenvolvimento físico e emocional do bebê. Ao ouvir o som do coração e da voz da mãe, o bebê fica mais calmo. Esse som ainda aumentar o vínculo mãe-filho. Lilian afirma que é importante que a mãe do recém-nascido esteja bem fisicamente e emocionalmente, portanto, o apoio a essas mulheres é fundamental.  

“Acredito que, neste momento tão delicado que as mães passam, cuidando do filho no hospital e preocupadas com o restante da família que está em casa, é muito angustiante. A oficina de bonecos é uma forma de amenizar os efeitos decorrentes do tempo que elas ficam no hospital”, salientou a coordenadora.

As mães se sentiram acolhidas e aprovaram a iniciativa. “Acho muito importante essa atividade. A gente interage com as outras mães, ocupa a mente, faz um brinquedo para a criança. É muito bom, principalmente por estarmos, na posição canguru, mais próximas aos nossos bebês, contribuindo para a melhora da saúde deles”, salientou Lilian da Silva. “Em meio a tantos problemas, esse trabalho acaba nos distraindo e alegrando. Há uma troca de experiências. E ainda podemos estar numa conexão maior com nossos filhos na posição canguru, com muito aconchego”, pontuou Patrícia Sena.

A gerente de Enfermagem do HMI, Luzia Helena Berigo, destaca o trabalho de sua equipe que trabalha com carinho e humanização. “Iniciativas como a de nossa colaboradora ajudam a promover um ambiente mais positivo. Esse projeto proporciona às mães uma maneira mais leve de passar por essa situação delicada. É uma forma de acolhermos e promovermos o bem-estar emocional dessas mães”, afirmou a gerente, que faz questão de ajudar levando materiais.

 

Marilane Correntino (texto e fotos)/IGH

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