Hugo implanta sistema de prontuário digital

Projeto da unidade do Governo de Goiás vai compartilhar informações de pacientes em toda a rede SUS no Estado, para garantir ainda mais confiança, credibilidade e economia

Todos os processos realizados no Hugo são monitorados digitalmente pelas equipes do Hugo

O Hospital de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) tem como um dos objetivos a evolução e a excelência, sempre amparadas pela tecnologia, que propicia mais uma importante fase na unidade do Governo de Goiás. O objetivo é entregar sempre um serviço com ainda mais qualidade a quem busca atendimento. O hospital, que tem prazo para se tornar completamente digital, passa por fases de implementação de todas as etapas, já em execução.

Chamado de Hugo Digital, o processo foi dividido em fases. Quando concluído, vai gerar mais segurança ao paciente, em saber que tomará a dosagem certa de medicação, mais agilidade em entrega dos resultados de exames, além da segurança para a área assistencial: toda a rede de saúde de Goiás saberá, por exemplo, que o paciente tem alergia a alguma medicação.

A digitalização também acarreta economia, porque se o paciente é atendido em uma unidade do SUS do Estado há pouco tempo e tem exames atualizados gerados no sistema, é desnecessário realizar outro exame. Hoje, se um paciente dá entrada em um Cais, para qualquer situação que seja, e são feitos exames de laboratórios, no outro dia, caso surja qualquer pequena mudança em amostras desse exame, ao dar entrada no Hugo para tratar um trauma, aquele mesmo exame pode ser solicitado. Isso porque não existe unificação para que a conduta médica seja adotada.

“Vai gerar mais segurança para que o paciente seja atendido de forma continuada. Se um médico o atendeu em uma unidade diferente, o profissional que atender no Hugo vai saber de todos os resultados de exames, medicações ministradas e terá acesso aos resultados de todos os exames feitos. Assim, tudo o que for adotado como conduta para aquela pessoa, será unificada”, diz Cláudio Reis, gerente do projeto pelo hospital.

Mais segurança
A diretora-geral do Hugo, Dulcilene Xavier, explica que o sistema visa dar mais segurança a todos os envolvidos na assistência e aos pacientes. “Nossos profissionais terão garantia de que seus prontuários estarão sempre atualizados e disponíveis, e isso se traduz igualmente em segurança para os pacientes. Será a unificação da rapidez, eficiência e segurança”, frisa.
Assim que tudo estiver pronto, um servidor de alta capacidade vai fazer o armazenamento de todos os dados direto no sistema da Secretaria de Estado da Saúde do Estado de Goiás (SES-GO). Esse sistema vai fornecer dados às unidades de saúde, que também será abastecido cada vez que um paciente der entrada em outra unidade da rede pública de saúde.

Desde maio, todos os processos realizados no Hugo, desde a recepção de pacientes, familiares, entradas de ambulâncias, pousos de aeronaves, uso de medicações, distribuição de materiais, cirurgias, remanejo de leitos são monitorados pela equipe do Hugo Digital. A fase de estruturação dos processos realizados hoje, para torná-los mais simplificados, eficazes e serem melhorados pelo novo sistema, também já foi realizada. 

Atualmente, a fase de trabalho se divide entre o treinamento das equipes que serão as disseminadoras para outros colaboradores e a emissão de certificados digitais, para que todos os atos — receitas, medicações, relatórios, evoluções, enfim, toda a documentação que compõe o prontuário — sejam legalmente validados, por serem assinados de forma digital, sem impressão de papel. Os treinamentos por que todos os profissionais de todas as áreas do hospital passam são de alta realidade, a fim de que todos tenham condições mínimas de saber a decisão a ser tomada. 

Santa Casa de Salvador
Para Cláudio Reis, a missão de digitalizar por completo o Hugo é um desafio já conhecido. Ele compôs a equipe que transformou em totalmente digital a Santa Casa de Misericórdia de Salvador. “Fizemos com que tudo o que aconteça dentro do hospital seja comunicado pela rede. Ou seja, se o leito estivesse liberado, por exemplo, o sistema já liberava o local para a higienização, e assim que a equipe responsável por isso liberasse, o maqueiro é comunicado para buscar determinado paciente.”

Ele explica ainda que na unidade de saúde soteropolitana, assim como ocorre no Hugo, “a farmácia libera a quantidade específica de medicação para o paciente, e a enfermeira vai aplicar o remédio na veia determinada pelo médico, conferindo sempre por um código de barras na pulseira de identificação: é a checagem à beira leito, que agiliza o processo e dá mais segurança”, garante.

Com o Hugo Digital, o hospital está sendo preparado para cumprir os padrões do Modelo Eletrônico de Adoção de Registros Médicos (Emram, na sigla em inglês), estabelecidos pela Sociedade de Sistemas de Informação e Gestão em Saúde (HIMSS, também em inglês).

 

Jairo Menezes (texto)/INTS
Foto: banco de imagens

 

Todos os processos realizados no Hugo são monitorados digitalmente pelas equipes do Hugo
 

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