Profissionais de saúde garantem acolhimento a pacientes no Hospital Regional de Luziânia

Linha de frente no combate ao Covid-19, médicos, enfermeiros e técnicos são acolhidos e valorizados na unidade do Governo de Goiás no Entorno do DF

Colaboradores do HRL participam de curso com psicólogo e líderes comportamentais

Médicos, enfermeiros e técnicos fazem parte do coração dos hospitais e são fundamentais nos inúmeros desafios enfrentados diariamente nessa área, principalmente na luta atual contra a Covid-19. Além de acompanhar os pacientes desde o momento da entrada, os profissionais de saúde também promovem o bem-estar, conforto e acolhimento até o momento em que o paciente deixa o hospital. Conversamos com alguns desses profissionais que estão na linha de frente em um momento tão sensível.

“O Centro de Material e Esterilização é o coração do hospital e eu me sinto muito importante de trabalhar aqui”, conta Andréia Peres, de 46 anos, técnica de enfermagem no Hospital Regional de Luziânia (HRL), unidade do Governo de Goiás. Ciente da responsabilidade e da importância que a higienização assume nesta época de pandemia, ela se sente orgulhosa de fazer parte da equipe. No HRL trabalham, entre colaboradores diretos e indiretos 262 profissionais, 130 deles somente no atendimento direto a pacientes com Covid-19.

Em outra área da unidade, a enfermeira Ana Paula Souto, 24 anos, se prepara para começar a trabalhar. São 7 horas, e ela está pronta para atender os pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Paramentada e protegida pelos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), ela se esforça para que os pacientes recebam, além de cuidados técnicos, atenção e o carinho. São pequenos toques, um aceno de mão ou um sorriso para levar conforto a quem está ali, em isolamento.

Ana Paula decidiu ser enfermeira ao ver os cuidados que sua avó recebeu quando foi internada para combater um câncer. “Sou feliz cuidando dos outros, e tenho certeza que os pacientes percebem. De uma forma geral, o paciente fica mais tranquilo e mais confiante em sua recuperação quando é tratado com carinho”, explica a enfermeira.

Atuando no HRL desde sua abertura, Ana Paula se sente prestigiada no local de trabalho. “Eu me sinto acolhida. Eu me sinto importante aqui, sinto que a enfermagem é muito valorizada no HRL. A unidade recebeu muito bem a gente, o que me faz sentir orgulho de trabalhar aqui, além do que, é um aprendizado diário para mim”, ressalta.

Equipe treinada e amparada
Dos 262 colaboradores do Hospital Regional de Luziânia, 130 são enfermeiros, fisioterapeutas, médicos e técnicos, os que são chamados de linha de frente no atendimento. Todos foram contratados no fim de maio, quando a estrutura da unidade foi passada ao Estado de Goiás, para tratar exclusivamente de pacientes com Covid-19. Uma missão que envolve risco, já que a doença ainda não tem cura. Para apoiar esses profissionais de saúde, o Instituto de Medicina, Educação e Desenvolvimento (Imed), que faz a gestão do hospital, promove workshops semanais. Os encontros servem para debater técnicas, protocolos de atendimento e também suporte emocional da equipe.

“A pandemia é uma situação nova para todos e está exigindo competências que não foram mapeadas até então. Não basta mais ter conhecimento, empatia, gosto pelo aprender constante. Essa doença está exigindo esforço emocional para manter o equilíbrio”, explica Angela Chagas, gestora de RH do IMED. “Aqui nós revezamos os encontros entre passar saber acadêmico e elevar o moral, com dinâmicas de acolhimento e valorização, porque é fundamental que eles estejam bem para enfrentar esse desafio”, completa. 

Nesta semana, foram dois dias de curso com psicólogo e líderes comportamentais, em três turnos, para que todos os colaboradores pudessem participar. O tema foi a pandemia emocional a que estão sujeitos os profissionais de saúde. Todos aprenderam técnicas de relaxamento e meditação para acalmar a mente e suportar melhor a pressão do dia a dia.

Sobre o HRL
O Hospital Regional de Luziânia (HRL) começou a receber os primeiros pacientes com sintomas de Covid-19 no dia 20 de maio de 2020. Eles foram transferidos pela Complexo Regulador Estadual em Saúde de Goiás (CRE-GO). Os leitos são ocupados gradualmente, a partir da avaliação diária e conjunta da direção com a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). 

Estadualizado, após passar oito anos em obras, o HRL foi o primeiro hospital do Entorno do Distrito Federal dedicado a tratar pacientes com sintomas respiratórios agudos causados pelo novo coronavírus. Cerca de 1,2 milhão de pessoas que moram na região são beneficiadas pela unidade do Governo de Goiás.

Christiane Beller (texto e foto interna), do Imed; Brito (foto capa), da Comunicação Setorial 

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