Heelj destaca ação de colaboradores que atuam no combate à covid-19

Unidade do Governo de Goiás em Pirenópolis desenvolve campanha e seleciona profissionais para relatarem rotina da luta contra a doença

Com intuito de valorizar os profissionais que estão na linha de frente da batalha diária travada contra a covid-19, o Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime (Heelj), unidade do Governo de Goiás em Pirenópolis, desenvolveu a Campanha Conhecendo Quem Cuida.

Foram selecionados três colaboradores do hospital para darem depoimentos sobre suas profissões e sobre o que mudou na rotina deles desde a chegada da doença no Brasil. Eles aproveitaram a oportunidade para fazerem um apelo, para as pessoas levarem a sério o combate contra o Coronavírus.

“A enfermagem para mim é a arte do cuidar. A minha satisfação é ver no rosto dos pacientes a felicidade, agradecidos de terem sido atendidos de forma humanizada”, relatou o enfermeiro Jefte Sousa de Sena. Ele conta que escolheu a profissão quando sua irmã teve uma doença grave e, por não ter nenhum conhecimento da área da saúde, a família passou por bastante dificuldade. Assim, Jefte resolveu fazer um curso na área da saúde, para poder fazer para os outros o que não pode fazer pela irmã.

Uso de EPIs
Segundo o enfermeiro, com a chegada da pandemia, as mudanças na rotina começaram com o reforço no uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) específicos. “Estamos focando bastante na higienização correta das mãos, no uso dos EPIs, principalmente se for ter contato direto com algum paciente com suspeita da doença. Fora da Instituição, as recomendações são de isolamento social e manter distâncias dos nossos familiares”, reforçou Jefte.

O médico geral Damaceno Rosa Junior, apaixonado pela medicina, está agora com uma carga horária em que se divide no atendimento do pronto-socorro, na enfermaria e na internação dos pacientes. Ele pontuou as mudanças na estrutura do Heelj para atender pacientes com problemas respiratórios, além de toda a rotina médica. “Hoje é obrigado a usar toda uma paramentação até para atendimento básico, e é reforçado mais ainda se forem procedimentos mais complexos. Já na minha vida pessoal, estamos em confinamento, sem ver minha família”, afirmou.

Nesse sentido, Jovenil acrescentou que a mensagem que ele gostaria de ouvir é de apoio e agradecimento. “Existe toda uma pressão, principalmente para nós, da saúde. O apoio que desejo é o que eu ofereço, pois a população não está sozinha. O Heelj está 24 horas por dia, 7 dias por semana atuando para atender da melhor forma possível”, destacou o dr. Jovenil.

Emoção da profissão
Um dos momentos mais emocionantes da profissão, segundo o cirurgião plástico Willy André Campos é poder olhar para o paciente operado e ver que resolveu uma doença. “Há problemas de saúde que tiram o sono das pessoas; a emoção da profissão é olhar para o paciente e ver a felicidade depois da cirurgia. O que mais quero ouvir neste momento é que a pandemia acabou”, pontuou o dr.Willy.

Determinado em suas funções, o cirurgião espera que todos tenham paciência. “Você pode ser paciente na sua casa, não saindo, utilizando máscaras ou, senão, será paciente dentro do Hospital. É uma escolha. Se for necessário ficar no Hospital, tem que torcer para que esteja com leitos disponíveis. Pois, se todos se infectarem de uma só vez, não haverá leitos suficientes”, alertou.

 

Brenno Sarques (texto e foto)/IBGH

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