Servidora da Escola de Saúde da SES-GO é premiada pelo Cofen


A servidora da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Maria Osória de Oliveira Silva, recebeu o maior prêmio concedido pelo Conselho Federal de Enfermagem à categoria no País. A premiação ocorreu na noite de 13 de novembro, durante o 22º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem, em Foz do Iguaçu (PR).

Servidora da Escola de Saúde de Goiás há cinco anos, foi indicada ao Prêmio Anna Nery pelo Conselho Regional de Enfermagem de Goiás por sua ilibada idoneidade moral e profissional. Além da goiana, outros 29 profissionais de diferentes regiões do País foram homenageados durante a premiação, entre os dias 11 e 14 de novembro.

Cada um com sua história, os homenageados dedicam total compromisso e seriedade com a carreira que escolheram, o cuidar. “Os profissionais de enfermagem são o verdadeiro motivo da existência dos conselhos”, afirmou o presidente do Cofen, Manoel Neri. Criado em 2012, o Prêmio Anna Nery é uma honraria concedida pelo Cofen a profissionais que tenham se destacado no exercício profissional.

A superintendente da Escola de Saúde de Goiás, Kelli Coelho Santos, acredita que o reconhecimento da servidora da SES-GO só legitima a qualidade dos profissionais de saúde do SUS. “A Maria Osória nos honra e nos premia juntamente com ela. Tê-la como representante do Estado de Goiás para receber o maior prêmio concedido pelo Cofen à enfermagem brasileira demonstra que a Escola de Saúde de Goiás possui profissionais da mais alta competência”, afirma.

Justo reconhecimento
A técnica de enfermagem faz jus ao reconhecimento. Lotada na Escola de Saúde de Goiás, esbanja simpatia e cuidado até mesmo com os colegas de trabalho. Sempre sorridente e disposta a novos desafios, Maria Osória iniciou suas atividades de enfermagem no interior de Goiás, em Jataí.

Em meados de 1977 e prestes a concluir o curso ginasial, a estudante foi informada que haveria um curso de enfermagem na cidade. E o melhor: sem nenhum custo para quem quisesse participar. “Sem pensar duas vezes, fiz minha inscrição. Apesar de ter só 16 anos, fui aceita no curso, pois completaria 17 no final do ano”, relembra. “Foi amor à primeira vista, pura empatia, paixão. O curso era de atendente de enfermagem”, conta.

O curso garantiu a Maria Osória a inserção imediata no mercado de trabalho, como atendente de enfermagem no Hospital Regional de Jataí. No final de 1977, a profissional mudou-se pra Goiânia, para trabalhar na Clínica Infantil Menino Jesus.

Ribeirão Preto
Em 1993, diante da evolução da ciência e da complexidade tecnológica que acompanhou o desenvolvimento no setor saúde, Maria Osória decidiu continuar os estudos na área e ingressou no curso técnico de enfermagem, dessa vez em Ribeirão Preto, interior do Estado de São Paulo.

“Antes de terminar o curso, eu já trabalhava na Santa Casa de Sertãozinho (SP), como supervisora técnica. Permaneci nesse cargo por oito anos. Foi um desafio, pois tinha que conhecer todas as clínicas, pronto socorro, clínica médica, cirúrgica, pediatria, centro cirúrgico, maternidade e berçário. Buscava constantemente estar atualizada, para corresponder às exigências que o cargo requeria”, conta a profissional.

‘Os livros foram meus melhores aliados, pois tinha que desempenhar minhas funções tão bem como uma enfermeira graduada. Esse período foi de muito trabalho, mas também muito rico em aprendizado técnico, gerencial e intelectual”, ressalta .

Graduação
Aos 21 anos, Maria Osória resolveu retornar os estudos e concretizar o sonho de adolescente: fazer a graduação de enfermagem. “Nesse período, fui morar em Inhumas (GO), onde tive uma nova experiência em outro segmento de trabalho na enfermagem, a geriatria. Trabalhei em uma instituição de longa permanência para idosos, o Lar de Santana”.

A partir de 2009, a enfermeira começou sua carreira no serviço público. Mas foi em 2013 que deixou de atuar na assistência e foi para a Escola de Saúde Pública de Goiás. “Esse evento foi um divisor de águas na minha formação e trajetória profissional. Descobri na educação outro lado da enfermagem, tão importante quanto às atividades assistenciais desenvolvidas no interior das Instituições de Saúde”, compara.

A adolescente que começou como atendente de enfermagem atualmente é pós-graduada em Gestão em Educação e Trabalho na Saúde e Mestre em Educação Profissional em Saúde. “Esses dois últimos cursos proporcionaram um conhecimento de outras áreas, como sociologia, economia, política, enfim, um conhecimento além dos específicos da área de enfermagem”, destaca.

Instrumento de qualificação
A profissional faz questão de destacar também a relevância da Escola de Saúde Pública de Goiás não apenas em sua trajetória profissional, mas como instrumento de qualificação de profissionais de saúde como ela, que sempre busca atualizações na área.

“Na Escola de Saúde Pública desenvolvo atividades relacionadas com educação permanente em saúde, para os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS). Já tive a oportunidade de elaborar conteúdos para cursos de nível superior e médio, assim como construí projetos de cursos de aperfeiçoamento. Sempre estudei concomitantemente com o labor, pois o conhecimento proporciona o nivelamento da hierarquia existente na área da saúde”, avalia.

“O árduo trabalho da enfermagem se torna mais leve quando somos respeitados e reconhecidos como profissionais, no entanto, esse respeito só é conquistado mediante o conhecimento, seja ele em que nível for. Do curso de atendente de enfermagem ao mestrado, todo conhecimento é relevante, pois rompe o paradigma do empirismo nos serviços de enfermagem, que, erroneamente, assimilam o cuidado como uma prática baseada na repetição das ações”, ensina a premiada profissional.

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