HGG defende Tolerância Zero ao estigma do peso, lema do Dia Mundial da Obesidade

Unidade de saúde do Governo de Goiás conta com Programa de Prevenção e Controle da Obesidade, que atende uma média de 400 pacientes obesos todos os meses

Nesta quarta-feira, dia 4 de março, o mundo inteiro está voltado para um cuidado especial: o Dia Mundial da Obesidade. A campanha de 2020 tem como foco Tolerância Zero para o estigma do peso. A data, anteriormente celebrada em 11 de outubro, foi alterada para reunir todas as atividades sobre o tema ao redor do mundo. O objetivo é que a obesidade seja reconhecida como doença e o que o tratamento seja feito de forma correta.

O Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG, unidade de saúde do Governo de Goiás, desenvolve o Programa de Prevenção e Controle da Obesidade (PCCO), atendendo pacientes que têm obesidade grau 3, aquele com o Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 40. O paciente passa por uma equipe multiprofissional e médica desde o começo do tratamento até o pós-operatório.

Desde a sua implantação, o programa já realizou mais de 800 cirurgias bariátricas no HGG. O ambulatório atende mais de mil pacientes por mês e, atualmente, 404 pacientes encontram-se em atendimento pelas especialidades médicas e multiprofissionais, realizando o preparo pré-operatório.

Vida mais saudável
O médico e coordenador do programa do HGG, Juarez Távora Siqueira Júnior, ressalta que uma das soluções para evitar a obesidade é ter um estilo de vida mais saudável, comer menos e se exercitar mais. “Essas são as regras para viver com saúde e afastar o fantasma da obesidade. Algumas atitudes como trocar o elevador pela escada, comer sentado à mesa e com a televisão desligada, preferir comer em casa que na rua, são formas para melhorar a qualidade de vida. É preciso aumentar o gasto calórico com atividade física e diminuir a ingestão de calorias ruins.” Ele afirma que essa é a única forma de prevenir a obesidade.

De acordo com a diretora Multiprofissional do HGG, a psicóloga Rogéria Cassiano, a obesidade é uma doença crônica, caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal, que pode ser causado pelo excesso de consumo de calorias ou falta da prática de atividade física. “É fato que os fatores genéticos desempenham papel importante na propensão do indivíduo para o ganho de peso, porém são os fatores ambientais e de estilo de vida, como hábitos alimentares inadequados e sedentarismo, que geralmente levam ao surgimento da obesidade”, afirma.

Ainda segundo a diretora, o sobrepeso e a obesidade vêm aumentando rapidamente no Brasil, e esta realidade não tem sido diferente em Goiás, considerando o grande fluxo de pacientes atendidos pelo programa. “O recomendável é que uma abordagem preventiva deve ser iniciada já na infância e adolescência. Além disso, sabe-se que a obesidade também pode estar associada a distúrbios psicológicos, incluindo depressão, distúrbios alimentares, imagem corporal distorcida e baixa autoestima”, enumera.

Obesidade no Brasil
Pesquisa do Ministério da Saúde mostra que número de obesos no País aumentou 67,8% entre 2006 e 2018. O estudo foi realizado pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), em 2018. Os dados também apontaram que o crescimento da obesidade foi maior entre os adultos de 25 a 34 anos e de 35 a 44 anos. Os dois grupos apresentaram aumento, respectivo, de 84,2% e 81,1%. 

Apesar de o excesso de peso ser mais comum entre os homens, em 2018 as mulheres apresentaram obesidade ligeiramente maior, com 20,7%, em relação aos homens, que apresentaram 18,7%.

Em Goiânia, uma das capitais apontadas na pesquisa, constatou-se que o porcentual de adultos maiores de 18 anos com excesso de peso (IMC maior que 25) é de 54% nos homens e 16% nas mulheres. Já o porcentual de adultos com obesidade (IMC maior que 30) é de 16% nos homens e 17% nas mulheres.

Flávia Rocha (texto e foto)/Idtech

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo