Secretário do Mato Grosso do Sul sinaliza replicar modelo da saúde goiana em seu Estado

“Ideia é levar muito das ações em saúde desenvolvidas em Goiás”, disse Geraldo Resende, após conhecer hospitais, Conecta SUS e se inteirar da gestão do colega Ismael Alexandrino

“Ficamos muito impressionados com o que foi apresentado e com o salto de qualidade que a saúde pública de Goiás atingiu neste último ano”. O comentário é do secretário de Estado da Saúde de Mato Grosso do Sul (MS), Geraldo Resende, ao visitar o colega Ismael Alexandrino, nesta quarta feira, 22, para conhecer as políticas de gestão da atual administração do Governo de Goiás que resultaram em avanços significativos do SUS no Estado. “A ideia é levar muito das ações em saúde desenvolvidas em Goiás para o nosso Estado”, acrescentou.

Acompanhado por técnicos da área, o chefe da saúde do MS ouviu de Alexandrino que a Saúde é uma das as prioridades do governador Ronaldo Caiado. A atual gestão da Saúde em Goiás se baseia em três pilares: eficiência operacional dos hospitais, regionalização da saúde e regulação de pacientes. O secretário de Goiás explicou que na administração dos hospitais, os contratos de gestão foram renovados com novas metas de produção e readequação dos valores repassados às organizações sociais (OSs).

Com os ajustes, foi possível aumentar a produção hospitalar, como o número de internações. Foi ainda aplicado um sistema de gestão que mensura os resultados de todos os hospitais do Estado, comparando metas e indicadores. “Considero a gestão por OS mais uma das ferramentas para qualificar a administração hospitalar e melhorar o atendimento”, disse Alexandrino aos visitantes.

Sobre a regulação, foi explicado que houve avanços nas parcerias com os municípios que têm gestão plena e, por isso, são os responsáveis por regular pacientes. Alexandrino explicou ainda que, antes de assumir a pasta, o Estado tinha acesso ao paciente em dois dias. Hoje são cerca de 9 minutos.

Revolução

“Tínhamos a informação que Goiás está passando por uma revolução na gestão da saúde pública. Há algum tempo, tinha a expectativa de conhecer in loco essas realizações. Confesso que tive uma ótima impressão, e os resultados demonstram isso”, comentou o secretário Geraldo Resende.

Alexandrino citou a Policlínica de Posse como um dos exemplos da regionalização da saúde no Governo de Goiás. A unidade será inaugurada no fim de fevereiro e atenderá a região do Nordeste Goiano. No total, contará com 19 especialidades. A expectativa do secretário é que das 18 Regionais de Saúde, 17 tenham uma unidade com esse perfil. A exceção é a Regional Central, que contempla a Região Metropolitana de Goiânia, e concentra a ofertas dos serviços de saúde no Estado.

A comitiva ainda conheceu o Centro de Informações e Decisões Estratégicas em Saúde – Conecta SUS Zilda Arns Neumann, na sede da SES-GO, e as ferramentas de gestão criadas nessa central de informação. São mais de 200 indicadores monitorados, como mortalidade infantil e materna, nível de infestação da dengue e cobertura de vacinação. “Vou encaminhar uma equipe técnica para conhecer todos os detalhes. Precisamos aprender com vocês para levar esse modelo de central para Mato Grosso do Sul”, disse Resende, ao afirmar que não considera demérito aprender com quem tem obtido bons resultados, como é o caso de Goiás.

Visita a hospitais

A comitiva do Mato Grosso do Sul, conduzida pelo secretário Ismael Alexandrino, também conheceu quatro hospitais da rede pública estadual: HGG, Hugo, CRER e Hugol. A saúde estadual de MS deseja incorporar o modelo de gestão por OSs em seus hospitais e, por isso, visitou algumas unidades goianas, que são referência nacional nesse modelo de administração hospitalar.

Os visitantes conheceram a estrutura, o corpo clínico e a organização administrativa dos quatro hospitais. “Goiás ficou conhecido nacionalmente pela gestão com OS e precisamos conhecer como funciona, na prática, quais são os principais desafios. Os resultados são bem satisfatórios”, enalteceu Resende.

O coordenador executivo do Idtech e diretor-geral do HGG, José Cláudio Romero, lembrou que, antes de ser gerido pela OS, o hospital contava com 10 UTIs e hoje são 30. No ano passado, a produção do hospital cresceu cerca de 43%. “São indicadores positivos que mostram que essa fórmula, quando aplicada com responsabilidade e compromisso com os usuários do SUS, funciona muito bem”, avaliou José Cláudio.

Os técnicos também conheceram o Hugol e Hugo, que são hospitais de urgências. Neles, conversaram com pacientes, não viram filas de pessoas nos corredores, presenciaram ambiente limpo e alimentação saudável – a comitiva acabou almoçando no Hugo.

O frentista Claudio Ribeiro teve um acidente de moto e estava internado no Hugo. Ele disse ao secretário Alexandrino que está muito satisfeito com o atendimento. “Tudo impecável, por isso me sinto em casa e muito seguro”, afirmou. No Hugol, maior hospital do Centro-Norte do País, os visitantes ficaram admirados com a dimensão e a estrutura da unidade, que atende cerca de 140 pacientes por dia. Somente no primeiro ano de gestão do governador Ronaldo Caiado foram inaugurados 55 leitos de internação pediátrica no Hugol, sendo 10 de Unidade de Terapia Intensiva. Referência em reabilitação e readaptação, o Crer foi o último local visitado. No ano passado, o Governo de Goiás abriu 20 novos leitos na unidade. “A experiência de conhecer alguns dos hospitais goianos foi muito positiva”, avaliou Resende.

Thiago Lagares (texto) e Iron Braz (fotos)/Comunicação Setorial

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo