Saúde atualiza equipes e adota condutas de segurança ao paciente

Dia Internacional de Segurança do Paciente visa conscientizar população e profissionais da assistência para adesão de procedimentos seguros

O dia 17 de setembro é celebrado em todo o mundo como o Dia Internacional de Segurança do Paciente. A data, instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS), visa promover a conscientização do público em geral e dos profissionais de saúde em particular sobre a adoção de condutas e procedimentos que tornem o cuidado de saúde mais seguro para as pessoas que buscam assistência nas unidades de saúde.

Em 2019, a campanha enfatiza a importância da segurança do paciente, com o tema “Segurança do paciente: uma prioridade de saúde global”, e tem como objetivo mobilizar pacientes, profissionais de saúde, formuladores de políticas, pesquisadores, redes de profissionais e o setor de saúde para defender a segurança do paciente, com o slogan “Vamos lutar pela segurança do paciente”.

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), por meio da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa), adota medidas, padroniza procedimentos e capacita profissionais com o propósito de garantir as condições ideais para a segurança dos pacientes e a não ocorrência dos eventos adversos.

Capital e interior

Só neste ano foram realizados treinamentos e encontros em diversas unidades da capital e do interior, com a participação de representantes das Organizações Sociais em Saúde responsáveis pela gestão dos hospitais, diretores, profissionais que atuam na assistência, componentes das comissões técnicas das unidades e integrantes da Coordenação Estadual de Segurança do Paciente e Controle de Infecção em Serviços de Saúde(Cespciss) da Suvisa.

Para a coordenadora da Cespciss, Adriana Gomes Pereira, a instalação de protocolos mínimos nas unidades de saúde, conforme portaria exigida pelo Ministério da Saúde, é de extrema importância para promover segurança aos pacientes, durante sua permanência nos serviços de saúde. “Podemos citar o protocolo de higienização das mãos, uma medida básica que influencia diretamente o atendimento ao paciente, diminuindo os riscos de infecção hospitalar e, consequentemente, diminuindo o período de internação”, avalia.

Entre as unidades contempladas com os treinamentos estão os Hospitais Estaduais Materno Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI), de Urgências de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Huapa), Maternidade Nossa Senhor de Lourdes (HEMNSL)Ernestina Lopes Jaime (Heelj), de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT) e de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). Em cada um desses encontros foram feitas abordagens gerais sobre a segurança do paciente e observações específicas, seguindo o perfil de atendimento de cada unidade.

Metas internacionais

A OMS estabeleceu seis metas internacionais de segurança do paciente, com o objetivo de promover melhorias específicas em situações da assistência consideradas de maior risco. Tais metas são adotadas por instituições de todo o mundo como forma de oferecer um atendimento cada vez melhor e adequado. São elas a identificação correta do paciente, comunicação efetiva, uso seguro de medicamentos, cirurgia segura, prevenção do risco de infecções e prevenção do risco de quedas.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou em julho de 2013 a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 36, que estabelece a obrigatoriedade de implantação do Núcleo de Segurança do Paciente em seus serviços de saúde, o qual desempenha papel fundamental em todo processo de implantação do Plano de Segurança do Paciente.

Adriana Gomes lembra ainda que atualmente, para a emissão de Alvará Sanitário em Goiás, é fundamental que o estabelecimento de saúde solicitante tenha instituído o Núcleo de Segurança do Paciente, importante para que haja um monitoramento dos protocolos dentro da unidade. Ela lembra ainda que um sistema de software é disponibilizado para todos os núcleos, onde pode ser notificado os eventos adversos de cada unidade e as medidas adotadas para converter esses eventos.

Benefícios

A coordenadora ressalta que para implantar esses protocolos básicos nas unidades de saúde não é necessário grandes investimentos financeiros e que os benefícios para usuários, profissionais e gestores são grandes quando se executam bem as medidas. “Observamos que não são necessários grandes investimentos e sim mudanças nos processos de trabalho, para que haja melhorias e que o retorno para pacientes e profissionais demonstrem a importância da execução desses protocolos”, explica.

Adriana Gomes enumera os protocolos mínimos que devem ser instituídos nas unidades de saúde, fundamentais para a emissão do Alvará Sanitário pela Vigilância Sanitária. Além do protocolo de higiene das mãos, também é importante que haja a prevenção a úlcera por pressão, que previne a ocorrência de lesões na pele; prevenção de quedas — que abrange a permanência total dos pacientes nos ambientes hospitalares; protocolo de identificação do paciente — para a correta identificação do paciente, reduzindo a ocorrência de incidentes.

Ela cita ainda a prevenção na prescrição, uso e administração de medicamentos, com a instalação de práticas seguras no uso de medicamentos; protocolo para cirurgia segura, que evita, entre eventos adversos, a mortalidade cirúrgica. “Implantando esses protocolos básicos é possível evitar inúmeros eventos adversos e a ocorrência de complicações associadas a prestação do cuidado em saúde no período de internação dos usuários nos estabelecimentos de saúde”, afirma.

Maria José Silva e Felipe Cordeiro, da Comunicação Setorial

Foto: Divulgação 

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo