Simpósio debate sobre violência sexual e de gênero no HMI

Na última sexta-feira (18 de maio), o Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI) reuniu profissionais com amplo conhecimento teórico e prático para liderarem um debate sobre violência sexual e de gênero.

Na última sexta-feira (18 de maio), o Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI) reuniu profissionais com amplo conhecimento teórico e prático para liderarem um debate sobre violência sexual e de gênero. Com o tema “Proteja nossas crianças e adolescentes da violência”, o 2º Simpósio de Violência Sexual e de Gênero, promovido pelo Ambulatório de Apoio à Vítimas de Violência Sexual (AAVVS) da unidade, foi organizado em prol do Dia Nacional do Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, lembrado na data do evento, e ocorreu no auditório da unidade.

A palestra de abertura foi ministrada pela professora do departamento de Psicologia da Universidade de Brasília (UNB), Valeska Zanello, pós-doutorada em Ciências Humanas, com o tema “Uma leitura gendrada da violência contra mulheres: Dispositivos, cultura e processo de subjetivação”. Para iniciar, a palestrante exibiu vídeos de músicas que instigam a violência contra a mulher. “O ideal estético é extremamente opressor para a mulher. E quem ganha com isso são os homens, que estão adoecidos. As mulheres se subjetivam em uma ‘prateleira do amor’ e a que está mais próxima dos padrões é a que tem mais destaque. Isso tem que acabar”, destacou.

Em seguida, a ginecologista e obstetra, preceptora do HMI, Maria Elaine; o psicológico do AAVVS do HMI, Ronaldo Celestino; e o residente em Obstetrícia e Ginecologia, Ronaldo Moisés, falaram sobre suas experiências no AAVVS. “Tudo em relação ao abuso sexual tem que ser contextualizado. É preciso conversar com a vítima”, alertou Rogério Moisés. Para completar, a psicóloga, mestre em Psicologia Clínica e terapeuta familiar, Etiene Oliveira, estendeu a discussão tratando sobre adolescentes. “Atendimento psicossocial a crianças e adolescentes em situação de violência” foi o tema de sua palestra. “É muito diferente a forma como a sociedade trata um adolescente da Zona Sul e um adolescente pobre, negro e com ‘família desestruturada’ ao praticar violência. O proble é simplemente o ‘menor’, enquanto o classe média é, de fato, um adolescente”, refletiu.

Para finalizar, o tema em pauta foi a violência obstétrica. A doutoranda em Bioética e Saúde Pública pela UNB, Raylla Albuquerque, abordou sobre a violência à luz da declaração universal sobre bioética e direitos humanos, a partir da percepção dos estudantes da área da saúde; seguida pela obstetra do HMI, Luiza Emylce Rosado, que falou sobre a violência na obstetrícia, por meio de uma avaliação da formação dos médicos residentes do HMI, além das boas práticas de saúde na atenção humanizada ao parto. Por último, a enfermeira obstétrica do hospital, Priscilla Salomão abordou sobre o mesmo tema sob o olhar da Enfermagem Obstétrica.

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