Profissionais renomados debatem Aedes e suas epidemias

São 17 palestras, 4 minicursos e oficinas que atualizaram profissionais de saúde no enfrentamento à dengue e ao controle vetorial

A Secretaria Municipal de Saúde de Itumbiara, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), iniciou nessa terça-feira, 14/8, o 3º Seminário de Enfrentamento ao Aedes aegypti e suas Epidemias e, paralelamente, o 2º Seminário de Controle Vetorial.

O seminário, que está sendo realizado no Teatro Municipal da cidade, teve mais de 1.300 inscritos de diversas regiões do Brasil. A bióloga Fernanda Alves de Camargo, da Secretaria Municipal de Saúde de Itumbiara, é uma das organizadoras do evento. Ela conta que esse é o maior seminário do Centro-Oeste voltado para o enfrentamento ao Aedes aegypti. “Recebemos inscrições de diversas partes do Brasil. Aqui temos profissionais do Maranhão, Pará, Bahia, Rondônia, Amapá, Minas Gerais, entre outros”, afirmou.

A educadora em saúde do município de Araguari em Minas Gerais, Marina Vieira, veio com mais dois amigos para o seminário. Ela diz que fez sua inscrição no evento para aprimorar seus conhecimentos. “Não temos muitas oportunidades como essa para trocar experiências, uma amiga me informou sobre o seminário e fizemos nossa inscrição. O que aprendermos aqui, levaremos para nossos colegas em nossa cidade”, ressaltou.

Participam do evento diversos profissionais da saúde. São médicos, enfermeiros, agentes de endemias, agentes comunitários de saúde e gestores municipais. Esse seminário busca a atuação prática com atividades em campo. Oficinas de coleta de mosquitos, captura e identificação de insetos transmissores de doenças, estudo de doenças que ocorrem em animais e manejo clínico de arboviroses.

Foram convidados profissionais do Ministério da Saúde, Fiocruz, Instituto Evandro Chagas e da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás para ministrar as palestras e oficinas ofertadas durante o seminário. O pesquisador e biólogo da Fiocruz, Eduardo Wermelinger, ressalta que esse tipo de evento é importante para fazer o diálogo entre os pesquisadores e os profissionais que atuam no controle vetorial. “Esse seminário é algo raro no Brasil. Precisamos ter essas oportunidades para que haja à discussão entre membros da academia e o pessoal do controle”, pontuou.

A presidente do Conselho Regional de Farmácia de Goiás, Lorena Baía, fez a inscrição no seminário e disse que essa é uma oportunidade para qualificar a cadeia de profissionais da saúde. “É a primeira vez que participo desse seminário e percebo que é um momento único para a qualificação dos profissionais que fazem o atendimento à população. Muitas pessoas procuram a farmácia antes de ir ao hospital, e é importante ter esse aprendizado aqui para que tenhamos uma visão mais ampla de quem vamos atender”, disse.

Controle de vetores

 Essa edição aborda o controle vetorial para doenças como chikungunya e zika e a dispersão da leishmaniose visceral no Brasil. O coordenador geral de Controle Vetorial da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, Marcello Rosa, ressalta a importância de tratar esses temas com os profissionais de saúde. “Ás vezes debatemos apenas sobre as doenças mais divulgadas pela mídia. Porém, o controle dessas doenças é relevante para que não voltem a ser recorrentes no País”, lembra.

O médico do Ministério da Saúde, Dr. Dalcy Albuquerque, falará sobre as consequências da multicirculação viral – Chikungunya, Zika e Dengue. Ele disse que abordará a importância de detectar os vários vírus que estão circulando no país e o papel dos profissionais na assistência à população. “O trabalho de vigilância pelos profissionais e um tratamento adequado na rede de assistência é primordial para à saúde da população”, frisa. O médico que é especialista em medicina tropical, também tirará dúvidas dos profissionais durante o evento.

Uma oficina sobre “Isolamento viral e encaminhamento de amostra para dengue, zika e chikungunya” será ministrada pela coordenadora da seção de virologia do Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen), Yulla Fernandes. Ela afirma que esse tipo de trabalho é importante para valorizar profissionais que atuam na coleta dessas amostras. “Nós vamos ressaltar que os profissionais que atuam na assistência são fundamentais, pois são eles que realizam a coleta. O nosso trabalho no laboratório depende desses profissionais”, pontuou.

Já para as doenças de leishmaniose visceral, é importante lembrar que a SES-GO fornece os testes rápidos para que os profissionais da Atenção Básica possam fazer o diagnóstico, e que esses profissionais recebem treinamento do Lacen através das Regionais de Saúde do Estado de Goiás. 

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