Religiosa promove resgate histórico com restauração de imagens sacras no HDS

Imagens sacras que fazem parte do acervo histórico do Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta – HDS, unidade da SES-GO, estão sendo restauradas pela freira Maria Lúcia Rocha, de 85 anos. A religiosa, que pertence às Filhas da Caridade São Vicente de Paulo, em Belo Horizonte, chegou à unidade na última semana para recompor todas as imagens santas existentes no hospital.

Consagrada à vida religiosa aos 18 anos, Irmã Maria começou com esta mesma idade a desenvolver o trabalho de restauração de imagens santas. A freira, nascida em Minas Gerais, já passou por vários Estados brasileiros e restaurou mais de 700 imagens religiosas ao longo da vida. “Minha atuação na restauração é uma missão de vida. Graças ao meu trabalho missionário consigo continuar propagando a evangelização entre as pessoas. Sou muito feliz fazendo esse trabalho”, ressaltou.

Ao todo, Irmã Maria Lúcia vai restaurar cerca de 100 imagens sacras, de pequeno e grande porte, no HDS. O convite para a realização do trabalho no hospital partiu da Associação Goiana de Integralização e Reabilitação (AGIR), gestora da unidade.

“Tínhamos um anseio muito grande em promover esse resgate histórico no HDS com a restauração das imagens sacras. Entramos em contato com a Irmã Lúcia que nos atendeu prontamente e de forma voluntária. Com o seu trabalho artístico, ela está devolvendo vida às nossas imagens religiosas que contam um pouco da história do hospital”, ressalta a Superintendente Multiprofissional de Reabilitação da AGIR, Divaina Alves Batista.

Na estrutura onde hoje funciona o HDS, existiu a extinta Colônia Santa Marta. Uma instituição criada pelo Governo para o isolamento e tratamento de pessoas acometidas pela hanseníase. Na época, o local era conhecido como leprosário.

A presença religiosa marcante na unidade, se deve ao fato de que na época da sua criação os internos da Colônia Santa Marta sofriam com o estigma de ser “leproso”, gerando uma cultura de preconceito e discriminação. Na falta de profissionais interessados em trabalhar no tratamento curativo dos hansenianos, as Irmãs Vicentinas assumiram o papel de enfermeiras desses pacientes.

Colônia Santa Marta

Criada pelo Governo do Estado em 1943, com o nome de Leprosário, o local ficou popularmente conhecido como Colônia Santa Marta. Tal nome remete à figura de Marta, irmã de Lázaro, o leproso que, na tradição cristã, foi ressuscitado por Jesus.

Em consequência da nova política de atenção aos portadores de hanseníase, em 1983 a Colônia Santa Marta foi transformada em Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta.

Em dezembro de 2013, a Associação Goiana de Integralização e Reabilitação (AGIR) assumiu a gestão do hospital. Atualmente, o HDS é uma unidade de atendimento ambulatorial e hospitalar de média complexidade com objetivo de prestar assistência gratuita aos usuários do SUS. A unidade oferece também atendimento aos ex-pacientes da extinta Colônia Santa Marta.

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo