Goiás recebe homenagem por ações contra violência no trânsito
Trabalho desenvolvido nos municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Jataí e Senador Canedo foi apresentado ao Ministério da Saúde O Ministério da Saúde reconhece as ações desenvolvidas pela Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) para reduzir o grau de violência no trânsito e, consequentemente, o número de óbitos. O trabalho faz parte do Programa Vida no Trânsito, da coordenação de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA). O reconhecimento ocorreu em dezembro, durante a realização da “Operação Rodovida”, em Brasília. O trabalho foi apresentado pela coordenadora do VIVA da gerência de Vigilância Epidemiológica da Suvisa, Maria de Fátima Rodrigues. O texto aborda a expansão do Programa Vida no Trânsito nos municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Jataí e Senador Canedo. Para Maria de Fátima, a violência no trânsito é considerada hoje uma epidemia mundial. Anualmente o governo brasileiro gasta cerca de R$ 52 bilhões com a assistência à saúde e encargos sociais às vítimas dos acidentes de trânsito em todo o país. Os dados, disponibilizados pelo Ministério da Saúde (MS), revelam que só em Goiás os custos com internações, realização de exames, pagamentos de auxílio-doença e de aposentadorias, entre outros benefícios, superam os R$ 2 milhões. O Brasil e outros 152 países se comprometeram a adotar medidas efetivas para reduzir em 50% o número de mortes no trânsito até 2020. A taxa de mortalidade por acidente de transporte terrestre considerada como tolerável pela ONU é de 11,1. O Brasil apresentou uma taxa de 18,1, Goiás de 26,4 e Goiânia de 19,8 no ano de 2016. “As ações integradas entre órgãos de saúde, prefeituras e Polícia Rodoviária Federal já mostram resultados”, diz Maria de Fátima. Segundo ela, o número de pedestres que morreram no trânsito no estado de Goiás reduziu 24% em dez anos, de acordo com os dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do MS. Entre os anos de 2007 e 2016, o número de pedestres vítimas de acidentes de acidentes nas vias do Estado caiu de 277 para 210. No Brasil, o percentual mostra redução de 36,2% de óbitos de pedestres e 23,4% de mortes de ciclistas em vias de trânsito. Reconhecimento Segundo Maria de Fátima, a homenagem é um avanço, uma vez que o Ministério da Saúde incentiva apenas as capitais e municípios com população acima de um milhão de habitantes a executarem o Programa VIDA. Ela foi a responsável pelo trabalho e foi destacada pela Secretaria Estadual da Saúde para receber a menção honrosa em Brasília. Na ocasião também foram homenageados o Piauí, Rio Grande do Sul e o Paraná, além dos Conselhos Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Os esforços na preservação da vida no trânsito é a principal resposta do setor saúde ao desafio da Década de Segurança Viária. “Observamos que, com a implantação do programa em Goiânia, temos uma tendência de redução das taxas de mortalidade por acidente de transporte terrestre”, explica a técnica. Ela comenta que é necessário qualificar os profissionais da saúde, do trânsito, da segurança pública, e estimular os municípios a implantarem políticas públicas que venham minimizar a problemática das mortes no trânsito. Fátima destaca ainda que o desafio é convencer os gestores que, urge a adoção de medidas de qualificação das informações, para conhecer o perfil das vítimas do trânsito, os principais fatores e condutas de risco a fim de subsidiar uma intervenção efetiva que venha reduzir lesões graves e mortes no trânsito. Programa Vida no Trânsito O Programa Vida no Trânsito é uma das estratégias do governo brasileiro para que o país cumpra os objetivos da Década de Ação pela Segurança no Trânsito, lançada em 2011 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A metodologia deste programa preconiza a integração e qualificação dos diversos bancos de dados sobre acidentes, lesões e mortes no trânsito, unificando informações dos setores da saúde, polícia, batalhões de trânsito, secretarias municipais de trânsito e Instituto Médico Legal (IML). O foco primordial é a intersetorialidade, visando à redução dos acidentes de transportes terrestres. Maria Vitória, da Comunicação Setorial e Maria Mesquita, da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) Foto: Divulgação |