Gestores de saúde discutiram estratégias intersetoriais (da saúde, educação, saneamento básico, entre outras) para a diminuição dos índices da mortalidade infantil goiana, durante o Seminário sobre Vigilância do Óbito Infantil, Fetal e Materna, realizado nessa segunda feira, 08/10, em Anápolis (GO). Na saúde, o pré-natal eficiente é a ação mais importante contra a mortalidade infantil, segundo destacou a gerente da Regional Pirineus, Núbia Torres.

“O atendimento eficiente na atenção primária é primordial para evitar complicações durante a gestação e após o nascimento das crianças. A diminuição da mortalidade nesse período pode ser prevenida com um atendimento e acompanhamento contínuo nas Unidades de Saúde da baixa complexidade”, afirmou Núbia Torres.

Na oportunidade, o médico da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Juan Cortez Escarlate, apresentou aos mais de 120 profissionais que participaram do seminário, uma análise da situação de saúde materno infantil no Brasil. O médico pontuou as principais causas de morte para esse grupo. “Doenças crônicas, hábitos de vida, sedentarismo, falta de saneamento básico, coleta de lixo, desemprego e até escolaridade são os principais fenômenos que causam o aumento no índice de mortalidade nas mulheres grávidas”, assinalou.

Estavam presentes no seminário, técnicos das 18 regiões de saúde, que puderam conhecer o trabalho desenvolvido no município de Anápolis, onde foi implantado o Grupo Técnico de Vigilância do Óbito Infantil, Fetal e Materno e a Organização da Rede Estadual de Atenção à Saúde da Mulher e da Criança. Atualmente, 100% dos casos de mortalidade ocorridos na cidade são investigados e, a partir daí, estratégias são traçadas para contornar os pontos falhos do atendimento as gestantes.

A vigilância de óbitos se enquadra no conceito de vigilância epidemiológica que compreende o conhecimento dos fatores determinantes das mortes materno-infantis e fetais, com causa mal definida. E, ainda, a proposição de medidas de prevenção e controle.