Participantes são profissionais de nível superior de Secretarias Municipais de Saúde que atuam no atendimento direto de pessoas com a doença e seus familiares

A diabetes, uma doença provocada pela produção irregular de insulina pelo organismo, é considera hoje uma epidemia. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que uma em cada 11 pessoas no mundo sofre com este distúrbio. Ciente da gravidade deste quadro e da importância da atualização dos profissionais de saúde, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) promove o curso Educando Educadores, a ser realizado em Goiânia de 30 de setembro a 4 de outubro. Os participantes são médicos, enfermeiros, dentistas, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais de nível superior que atuam no atendimento de pacientes diabéticos na rede de saúde pública de Secretarias Municipais de Saúde.

A iniciativa, desenvolvida pela Superintendência de Vigilância em Saúde da SES-GO, faz parte de um projeto que já está na 5ª edição e ocorre anualmente desde o ano de 2015. A ação é uma parceria entre a Associação de Diabetes Brasil e a Sociedade Brasileira de Diabetes, com o apoio da Federação Internacional de Diabetes – região da América do Sul, Central e Caribe e da Rede Latino Americana de Educadores em Diabetes.

Selma Tavares de Oliveira, coordenadora de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da SES-GO, explica que o curso tem como objetivo principal qualificar profissionais de saúde para desenvolver posturas e ações educativas em diabetes no trato com pacientes, familiares e cuidadores em geral. Os palestrantes são todos membros da Associação de Diabetes Brasil e da Sociedade Brasileira de Diabetes.

Este ano a especialização contará com a participação de 60 profissionais de 45 municípios goianos que se encontram em fase mais avançada na Planificação de Atenção à Saúde e no Processo de Tutoria nas Macrorregiões de Saúde. Nos anos anteriores já foram atualizados 240 servidores em todo o Estado.

Epidemia mundial

O número de pessoas com diabetes aumenta em todo o mundo. Em 2014, a estatística da OMS apontava para 422 milhões de diabéticos, um salto em relação aos 108 milhões de 1980. Só no Brasil, entre 2006 e 2016, segundo o Ministério da Saúde, houve um aumento de 60% no diagnóstico da doença, e seu custo deve dobrar até 2030 – chegando a US$ 97 bilhões, em estimativas mais conservadoras, ou até US$ 123 bilhões (R$ 406 bilhões), em um pior cenário. No país, o diagnóstico passou de 5,5% da população para 8,9%, e o desafio passa pela falta de controle glicêmico dos pacientes, já que 50% dos diabéticos desconhecem o diagnóstico.

No Brasil mais de 12 milhões de pessoas são diabéticas, com projeção de 20 milhões de diabéticos em 2045, ocupando o 4º lugar entre os 10 países com maior número de indivíduos com diabetes. De acordo com o Inquérito Telefônico de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas não Transmissíveis (Vigitel) de 2018, do Ministério da Saúde, realizado anualmente em todas as capitais do Brasil, o percentual de adultos (≥ 18 anos) que informaram ter diagnóstico médico de diabetes foi de 6,2%.

“Diante da gravidade e os impactos na saúde, econômico e social gerados pelas complicações desta doença, torna-se necessária a definição de estratégias de intervenção para prevenção, diagnóstico precoce e controle de diabetes, bem como dos fatores de risco associados, possibilitando resultados positivos na melhoria da saúde dessa população”, afirma Selma.

SERVIÇO

Curso Educando Educadores sobre atendimento de pacientes com diabetes

Data: De 30 de setembro a 4 de outubro

Local: Oft San Conrado Hotel

Endereço: Rua 3, nº 652, setor Central, Goiânia – GO

Público: Profissionais de Saúde de Secretarias Municipais de Saúde

Maria Vitória, da Comunicação Setorial

Foto: iStock