Parceria entre HGG e HMI viabiliza cirurgias de bebês com malformação congênita

Cirurgias aconteceram em outubro e dezembro a partir da cooperação das instituições públicas

 Existe um ditado popular que a união faz a força, e neste caso, a união de dois grandes hospitais estaduais foi decisiva para salvar a vida de dois bebês. Internados no Hospital Estadual Materno Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI), os bebês precisavam passar por cirurgia, devido a problemas graves de saúde, porém a unidade, que conta com profissionais extremamente capacitados, não possuía a estrutura necessária. Foi então que o Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG cooperou disponibilizando profissionais e materiais cirúrgicos.

A primeira cirurgia aconteceu no dia 22 de outubro. Portadora de atresia de coana, que é uma malformação congênita correspondente à falha no desenvolvimento da comunicação entre cavidade nasal posterior e nasofaringe, a pequena Heloísa Moura de Jesus foi operada com apenas 55 dias de vida, em um procedimento considerado de sucesso. “Este caso é cirúrgico porque os bebês precisam respirar pelo nariz, já que não conseguem respirar pela boca. Cerca de quatro dias após a cirurgia, a bebê recebeu alta para casa”, explicou o chefe do Serviço de Otorrinolaringologia do HGG, Ricardo Gimenes.

Internado desde o nascimento, Nicollas Costa Araujo de pouco mais de dois meses também passou por procedimento cirúrgico. Ele veio ao mundo com estenose congênita da abertura piriforme, que é uma rara causa de obstrução nasal que pode ocorrer em bebês recém-nascidos. A cirurgia aconteceu nesta segunda-feira, 3 de dezembro, e também aconteceu conforme esperado.

Pós-doutora pela Universidade Federal de São Paulo (UFG), Melissa Avelino está no HMI há pouco mais de dois meses. Única médica que realiza esse tipo de cirurgia na capital, a profissional ressalta a importância da capacitação de uma equipe capacitada nas resoluções de casos complexos. “As malformações congênitas exigem uma estrutura de um hospital com UTI, além da formação especializada da otorrinopediatria. Importante sempre lembrar que essas cirurgias foram feitas em bebês que pesavam menos de três quilos e estavam com menos de dois meses de vida. Isso exige além do material, essa interação e um trabalho de equipe”, explicou a médica.

Nestes dois casos, o HGG disponibilizou a complementação da equipe cirúrgica e materiais cirúrgicos que o HMI não possui e são essenciais para a cirurgia. “A importância desta parceria está no cuidado ao paciente e tendo ele como principal objetivo, nada mais justo que a união de equipes, materiais e hospitais públicos para viabilizar o tratamento de casos complexos, graves e raros como estes”, declarou Ricardo Gimenes.

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo