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1ª CIB do ano debate mortes por dengue por falta de manejo clínico adequado do paciente

Entre outros temas, gestores reunidos na reunião da Comissão Intergestores Bipartite também abordaram, ainda testes rápidos de Covid, transmissão vertical de HIV e vigilância de epizootias

Gestores da saúde estadual e dos municípios debatem temas da saúde pública em Goiás na primeira reunião da CIB de 2025

A preocupação com doenças recorrentes marcou a primeira reunião de Comissão Intergestores Bitpartite (CIB) de 2025, nesta quinta-feira (20/02), no auditório da Escola de Saúde de Goiás. Entre os assuntos, foram apresentados dados e alertas sobre casos de mortes de pacientes com dengue por falta de manejo adequado, abordados pelo subsecretário de Políticas e Ações em Saúde, Luciano de Moura Carvalho, e a subsecretaria de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim.

Luciano lembrou que, embora os casos da dengue neste ano sejam menores que os de 2024, preocupa muito a taxa de letalidade causada por falta de manejo clínico adequado – causa dos 61% das 5 mortes registradas este ano – em todo o ano de 2024 foram 400 óbitos. Ele defendeu a adesão dos municípios ao curso de manejo da dengues, oferecidos pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), por meio da Beneficência Portuguesa. “Participem, divulguem para os seus profissionais e deixem as agendas deles reservadas”, conclamou.

No curso, são tratados assuntos como manejo clínico do paciente grave, organização de fluxo, testes rápidos. “Nós estamos fazendo todo o esforço para que os profissionais sejam capacitados e a gente não tenha óbitos por essa doença”, reforçou. Lembrou ainda que, além da capacitação, a SES tem divulgado informações sobre o tema, disponíveis no canal do Youtube da pasta e produziu um cartaz para todas as regionais de saúde, informando sobre o manejo correto do paciente. “O ideal é que seja ao lado da mesa do médico, para que ele possa olhar para cá e tratar de forma adequada esse paciente”, afirmou. “Neste ano, já estamos com 5 óbitos confirmados e cerca de 21 investigação. A gente tem chance de mudar esse quadro escada de Goiás”, disse, por sua vez, Flúvia Amorim.

Vigilância em Saúde
Durante a fala, Flúvia Amorim abordou também os casos de transmissão vertical de gestantes com HIV positivas para o bebê. De 2020 a 2024, entre 121 e 157 gestantes HIV positivas foram detectadas por ano, uma taxa que varia de 1.4 a 1.7. “É um pouco melhor do que os dados do Brasil. Mas isso não quer dizer que a situação está sob controle”, lamentou. Uma das causas está o fato de ainda haver mães com HIV que não fazem tratamento antirretroviral. “Isso significa que a criança dela vai nascer com HIV”, alertou, chamando os gestores também para esse embate.

Flúvia chamou atenção ainda sobre a Covid-19, lembrando da importância de os municípios responderem se desejam receber os testes rápidos para detecção do vírus Sar-Cov-2. “A gente observa que a Covid não sumiu, não. Pelo contrário, ela continua circulando. “E a testagem é uma ferramenta de diagnóstico, mas também de vigilância que a gente precisa utilizar cada vez mais. E nós temos teste disponível”, ressaltou.

Na mesma área, a superintendente de Vigilância Epidemiológica e Imunização da SES, Cristina Laval, falou sobre o sistema Siss-Geo na vigilância das epizootias e prevenção da febre amarela. Lembrou que, embora não haja casos da doença em humanos no Goiás desde 2018, São Paulo, Minas Gerais, Rondônia e Tocantins já registram casos este ano, abrindo um sinal de alerta, pois Goiás é estado endêmico para a febre amarela.

Por isso, orientou aos gestores observarem e notificarem casos de mortes de macacos, pois isso acende o alerta de que o vírus da doença está circulando. A melhor arma, no entanto, é a vacina. “Nós temos vacina que traz uma proteção altamente efetiva, mas nós ainda temos morte com febre amarela no País pela ausência da vacinação”, lamentou

Outros temas
A última parte da reunião foi reservada para as pactuações, entre elas, o calendário de reuniões dos Grupos de Trabalho (GT) para o ano de 2025 e a indicação dos municípios para participação no projeto Relatório nacional sobre demência no SUS: prevenir, reconhecer e Cuidar (ReNaDe), do Proadi-SUS. A mesa da primeira CIB deste ano foi formada ainda pelo secretário Adjunto da Saúde, Sérgio Vencio; as superintendentes de Vigilância Epidemiológica e Imunização, Cristina Laval; de Politicas e Atenção Integral à Saúde, Amanda Santos Limongi; de Planejamento, Túlio Oliveira.

Como representantes do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), participaram da mesa a presidente do conselho, Patrícia Fleury; a vice-presidente Lidiane de Oliveira Martina; os secretários e secretárias municipais de saúde, Luiz Gaspar Machado Pellizzer (Goiânia), Leonardo Santa Cecília (Catalão), Djan Barbosa (Mineiros), Andreia Abes (São João D’Aliança), Suely Silva (Caturaí), Adriana Papel Dib (São Luís de Montes Belos).

Auditorias
A Gerência de Auditoria do SUS, vinculada à Subsecretaria de Controle Interno e Compliance fez uma apresentação sobre a importância e necessidade da atualização do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). “Nas auditorias é muito frequente verificarmos a desatualização do cadastro das unidades ou dos serviços de saúde. Isso é bem prejudicial para prefeituras, unidades ou para o próprio serviço, porque o Ministério da Saúde usa o cadastro do CNES para conversar com os sistemas de faturamento do SUS, o Serviço Hospitala (SH), o Sistema de Informação Ambulatorial (SIA) e o e-Gestor, que trazem a produção da atenção primária”, explica a gerente de Auditoria do SUS, Júlia Elisa Willik.

A gerente enfatiza que é muito importante que as Secretarias Municipais de Saúde, os estabelecimentos de saúde e os profissionais de saúde mantenham o cadastro do CNES com os dados atualizados para não causar glosas do faturamento das Autorização de Internação Hospitalar (AIHs) e das Autorização de Procedimentos Ambulatoriais de Alta Complexidade (APACs). “Dessa forma, não ocorrem suspensão de recursos, no caso da atenção primária”, orienta.

Confira aqui a pauta completa da 1ª CIB de 2025.

José Carlos Araújo (texto) e Marco Monteiro (foto) / Comunicação Setorial

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