Sefaz apresenta Tesouro Verde a representantes de vários Estados


1 de setembro de 2017

Representantes de vários municípios de sete estados, entidades, e órgãos públicos participaram hoje (1/9) da apresentação do Tesouro Verde, programa inovador do governo estadual que visa aliar preservação ambiental e o desenvolvimento econômico por meio da comercialização de créditos de florestas. Com o tema “A Plataforma Verde como instrumento de Política Pública” a apresentação foi feita pela Secretaria de Estado da Fazenda, no auditório do complexo fazendário, com a participação de mais de 100 pessoas.  

No discurso de abertura, o superintendente Executivo da Sefaz, Glaucus Moreira Nascimento, que representou o secretário da Fazenda João Furtado, disse que é um projeto em que todos ganham por aliar a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico juntando as duas pontas: setor público e privado. “Nesse sentido, Goiás sai na frente para disponibilizar essa plataforma para que todos tenham condições de precificar as florestas nativas, em especial num momento em que o País passa por uma crise econômica e que tanto se busca o desenvolvimento sustentável”, disse o superintendente.

A proposta é que sejam comercializados os créditos de florestas oriundos das matas nativas, tanto públicas quanto privadas, independente do bioma. A CEO da Brasil Mata Viva, Maria Tereza Umbelino, explicou, em sua palestra, que a metodologia para “transformar floresta em riquezas” é resultado de um trabalho de vários anos e já está registrado na ONU. Para ela, no entanto, a grande “virada de chave” ocorre a partir de agora com o Estado de Goiás sendo pioneiro no sentido de normatizar e monetizar, abrindo as portas do mercado de capitais para esse produto.  “Esse evento aqui hoje é um marco para o Brasil e para o mundo”, disse Maria Tereza.

Os créditos de florestas serão comercializados numa plataforma que será disponibilizada Secretaria da Fazenda em cerca de 30 dias. “A ideia inicial era que seria um programa apenas para Goiás, no entanto, o governador Marconi Perillo solicitou que fosse aberto a todos os entes federados uma vez que todos buscam tanto solução para a crise econômica quanto para a preservação do planeta. Por isso, reunimos vocês aqui hoje”, afirmou o gerente de Receita Extratributária da Sefaz e idealizador do Tesouro Verde, Moacyr Salomão, em sua apresentação. Ele disse, ainda, que “Goiás está propondo uma política pública sem dinheiro público uma vez que a remuneração aos produtores rurais e aos parques públicos será feita pelo mercado tanto facultativo quanto o de capitais”. Segundo o gestor governamental de finanças, os créditos poderão ser usados para compensação ambiental e outros benefícios que estão sendo estudados.

Representando o secretário da Secima, Vilmar Rocha, o superintendente de Proteção Ambiental e Unidades de Conservação, José Leopoldo de Castro, disse que alguns procedimentos internos já estão sendo alterados para que contribuir com o êxito do programa, dando agilidade ao licenciamento ambiental. Depois da apresentação do programa, os participantes assistiram a duas palestras: uma do professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Iraê Amaral Guerrini sobre “Metodologia científica que compõe a geração do crédito de floresta, e outra pelo almirante João Arthur Hildebrandt, ex-diretor da ONU, sobre “Mercado Mundial- Crédito de Floresta”. Depois, foi aberto espaço para os participantes tirar dúvidas.

Além de representantes de municípios dos Estados do Maranhão, Mato Grosso, Bahia, São Paulo, Piauí, Tocantins e Goiás, o evento também contou com representantes de várias entidades como Sinduscon, Asban, Agência Municipal de Meio Ambiente de Goiânia, Biosfera, Fundatec, entre outras. Também foi prestigiada pelos superintendentes da Sefaz e servidores.

Comunicação Setorial – Sefaz

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