Economia e DOT deflagram Operação Tutano
A Secretaria da Economia e a Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), deflagraram nesta terça-feira (14/6) a Operação Tutano, que tem como alvo empresários do ramo de comercialização de subprodutos bovinos. Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão nos municípios de Goiânia, Abadia de Goiás e Trindade.
A investigação teve início a partir de informações levantadas pela Gerência de Inteligência Fiscal da Secretaria da Economia. Foi constatado que um grupo de empresários constituía empresas noteiras (de fachada), em nome de "laranjas", para simular a aquisição de subprodutos bovinos que eram comercializados para fora do Estado, num esquema de sonegação fiscal.
Auditores fiscais da Secretaria da Economia participaram das diligências e apreenderam dados dos sistemas de informática que propiciarão auditoria completa para estabelecer o montante de tributos de devidos. A operação teve ainda a participação de equipe do Apoio Fazendário.
O gerente de Arrecadação e Fiscalização, auditor fiscal Montaigne Mariano Brito, afirma que o grupo de empresários atuava de forma irregular desde 2017 comercializando aproximadamente R$1 bilhão, o que contabiliza prejuízos aos cofres públicos de mais R$ 200 milhões.
“Os subprodutos bovinos são isentos de tributação quando a comercialização é realizada dentro do Estado de Goiás. Porém, quando este produto é vendido para outro Estado esse pagamento é antecipado. Este grupo criminoso montava empresas fictícias com o fim exclusivo de burlar o fisco, se apropriava do imposto devido e realizava operações interestaduais em que o imposto incide”, explica Montaigne.
Segundo informações da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), durante as diligências foram apreendidos computadores, celulares e documentos no intuito de individualizar a participação de cada um dos envolvidos e a participação de outras pessoas e empresas na empreitada criminosa.
“As investigações, que tiveram início a partir de informações prestadas pelo serviço de inteligência da Secretaria da Economia, apontam que a organização criminosa era composta por 9 empresários , laranjas e contadores. Os investigados responderão por crime tributário, falsidade documental e associação criminosa, além de terem de arcar com o pagamento dos tributos sonegados acrescidos de multa”, afirma o titular da DOT, Marcelo Aires.
Comunicação Setorial – Economia