Economia promove evento sobre sustentabilidade fiscal, liderança e gestão pública
Encontro da Rede de Finanças reuniu servidores para compartilhar experiências e discutir os desafios da gestão pública moderna. Diálogo destacou uso da tecnologia como aliada na construção de uma visão de futuro, sempre pautada pela responsabilidade fiscal
Com uma programação voltada para debates sobre práticas inovadoras e os desafios da sustentabilidade fiscal nos estados, a Secretaria da Economia, por meio da Subsecretaria do Tesouro Estadual, reuniu nesta terça-feira (19/11) cerca de 300 servidores estaduais no auditório do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE) para a 1° edição do Encontro da Rede de Finanças.
O secretário da Economia, Sérvulo Nogueira, destacou os avanços nas contas públicas. “Superamos um cenário financeiro crítico, próximo da insolvência, para alcançar uma condição que possibilita oferecer melhores condições de vida à população. Isso é resultado da dedicação e comprometimento das equipes que atuam nas áreas de orçamento, finanças, planejamento, compras e gestão de pessoas”, assinalou.
Ele destacou a relevância do esforço coletivo para o cumprimento do teto de gastos. “Peço que cada um, em sua área de atuação, revise os contratos em conjunto com os setores responsáveis, gestores contratuais e áreas finalísticas. Nosso objetivo é garantir, até 31 de dezembro, o cumprimento do teto de gastos, lembrando que já cumprimos por vários anos, mesmo diante de grandes desafios,” enfatizou.
Na ocasião o secretário da Economia foi homenageado com uma placa de reconhecimento ao trabalho prestado ao Estado de Goiás, focado na sustentabilidade fiscal e equilíbrio fiscal. A honraria foi entregue pelo subsecretário do Tesouro Estadual, Wederson Xavier. “Eu quero dizer a vocês, servidores, que nós temos a responsabilidade de dizer que, hoje, o Estado pode traçar planos, pode pensar no longo prazo. Mas algumas coisas não podem ser negociadas. Não podemos retroceder à época em que não sabíamos o que seria possível pagar no dia seguinte”, ponderou Sérvulo Nogueira.
Rede de Finanças
Coordenado pela Superintendência Financeira, o objetivo do encontro é promover a integração e a capacitação dos participantes da Rede de Finanças, e também abrir espaço para discussões de práticas, desafios e oportunidades de sustentabilidade fiscal dos estados. A rede integra o Sistema Estruturador Integrado de Planejamento, Orçamento e Finanças Estadual (SIPOFE), instituído por decreto e julho de 2023.
Palestra: Gestão de Mudança e Mentalidade Ágil
O educador executivo Alê Prates ministrou palestra com o tema: “Gestão de Mudança e Mentalidade Ágil”, momento em que enfatizou a velocidade com a qual o mundo se reinventou ao falar, principalmente, das novas tecnologias. “O mundo está cada vez mais tecnológico. Veja quantas profissões foram criadas por causa dos aplicativos. Agora nós chegamos à inteligência artificial, similar ao anúncio da internet em meados de 1985”, descreveu.
Alê Prates citou uma pesquisa feita com 50 líderes corporativos no ano passado sobre o comportamento que um líder não pode ter. “Morosidade foi o principal. As decisões têm que ser tomadas rapidamente, principalmente com o uso das tecnologias a seu favor. Nós estamos enfrentando escassez de talentos e o pensamento crítico”, pontuou. A boa notícia, reflete o palestrante, “é que estamos vivendo num mundo cheio de oportunidades, e nunca foi tão fácil se destacar porque a maioria não está agindo corretamente. Neste contexto, o papel do gestor é cobrar menos “e ajudar as pessoas a pensarem mais”.
Painel: Sustentabilidade Fiscal – Desafios e Oportunidades para entes subnacionais
O painel contou com as presenças do secretário-Adjunto da Sefaz do Rio Grande do Sul, o economista Itanielson Dantas Silveira Cruz; Felipe Soares Luduvice, da Coordenação de Relações Financeiras Governamentais da Secretaria do Tesouro Nacional; e mediação do secretário Sérvulo Nogueira.
Itanielson Cruz iniciou o debate com uma análise sobre a situação financeira do estado. Ele destacou que, embora o Rio Grande do Sul enfrente desafios financeiros desde 2018, há avanços em direção ao reequilíbrio fiscal.
“Conseguimos resultados positivos, com as despesas crescendo abaixo da inflação e a arrecadação acima dela. Também discuti os elevados encargos cobrados pela União, que considero excessivos, pois muitos estados já não conseguem arcar com essa dívida,” afirmou.
Foto: Denis Marlon
Secretaria da Economia – Governo de Goiás