Reunião da Câmara Temática O Agro é de Todos aponta rumos para melhoria da infraestrutura no campo
Perspectivas de melhoria da infraestrutura rodoviária, regularização do fornecimento de energia elétrica e novas ações públicas e privadas para o desenvolvimento da agropecuária em Goiás foram apresentadas e discutidas hoje (4/10) durante reunião da Câmara Temática O Agro é de Todos, realizada na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Seapa, no Setor Universitário.
Representantes da Secretaria de Desenvolvimento e Inovação (Sedi), da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) e da Enel abordaram temas de suas respectivas áreas, discorrendo sobre desafios, mas principalmente sobre medidas que vêm sendo tomadas para melhorar a infraestrutura logística e energética no Estado. A Câmara Temática reúne produtores, dirigentes e representantes de aproximadamente 40 entidades do setor agropecuário, que integram o ‘conselho consultivo do agro’.
Na abertura dos trabalhos, o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, ressaltou que o objetivo da Câmara Temática é reunir questões convergentes que impactam diretamente na atividade rural. Ele destacou o posicionamento do governador Ronaldo Caiado em dar orientações para que as pastas atendam as expectativas dos produtores rurais. “Na Seapa, em conjunto com suas jurisdicionadas (Agrodefesa, Emater-Goiás e Ceasa), temos buscado levantar os questionamentos dentro da Câmara Temática e, na sequência, dar respostas ao setor do agronegócio como um todo. Queremos juntos resolver os problemas que temos pela frente", esclareceu.
A Agrodefesa marcou presença no encontro, com participação do presidente José Essado, que esteve na abertura dos trabalhos, e também com o representante da Agência no colegiado, Ramon Rizzo Vasques, e o diretor de Gestão Integrada, Aníbal Coelho Lima. Antes do início das apresentações e discussões, José Essado argumentou que a Câmara Temática tem papel importante pela contribuição que pode oferecer na formulação das políticas públicas. “Ninguém melhor do que os produtores e os gestores do agronegócio para saberem de suas necessidades e demandas e buscar soluções em conjunto com o poder público”, disse.
Pontos de discussão
O subsecretário de Assuntos Metropolitanos, Cidades, Infraestrutura e Comércio Exterior da Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação, Éverton Chaves Correia, apresentou um panorama das ações capitaneadas pela Sedi no quesito de políticas públicas voltadas à infraestrutura no Estado. Ele destacou a necessidade de atenção a questões sobre a produção e distribuição de energia, sobretudo pela carência de oferta, de linhas de transmissão e subestações.
Entre as ações já em andamento estão polos de logística e de tecnologia, melhoria de terminais de transportes e criação de planos de desenvolvimento integrado, a exemplo do que está sendo construído para a região metropolitana de Goiânia, em que devem ser valorizadas as integrações entre as zonas urbana e rural. Ele destacou, ainda, projetos ligados a internet no campo, estruturação de ecossistemas de inovação, uso de Big Data, Inteligência Artificial e Internet das Coisas (IoT) e sobre o uso da inovação de forma transversal.
Representando a Goinfra, a diretora de Obras Rodoviárias, Andrezza Medeiros Teles, afirmou que a Agência fez um levantamento dos trechos críticos e que deve iniciar ainda neste mês de outubro a retomada de cerca de 25 obras no Estado, mesmo com a chegada do período chuvoso. Ela ressaltou que há a previsão de novos trechos sendo retomados em fevereiro do próximo ano e que a Goinfra terá um olhar cuidados sobre os trechos nos quais há maior escoamento da safra. Durante o debate com representantes do agro, a diretora da Goinfra se comprometeu a receber representantes da Seapa e das entidades ligadas ao agro para que sejam apresentados pontos críticos que poderão receber atenção especial na lista de prioridades na retomada de obras no Estado.
Representando a Enel, Marcelo Resende Mundim apresentou como a empresa tem se preparado para atender o cliente, especialmente pela proximidade do período chuvoso. Ele justificou que desde que assumiu a questão da energia elétrica em Goiás, em fevereiro de 2017, a Enel tem feito investimentos, mas que a falta de estrutura vem se arrastando ao longo dos últimos anos. Mundim afirmou também que Goiás tem uma das maiores malhas rurais do País e que a estrutura existente é antiga. Além disso, há uma demanda reprimida de cerca de 500 megawatts. Finalmente ele disse que a empresa tem buscado aproximação com representantes do setor rural, como a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e a Seapa, o que tem facilitado as tratativas quanto à política de investimentos da agência.
Assessoria de Comunicação da Agrodefesa com informações da Comunicação Setorial da Sepa-Goiás – 3201-3546