NOVO STATUS FITOSSANITÁRIO DO CANCRO CÍTRICO EM GOIÁS
A Agrodefesa realiza anualmente, desde o ano de 2016, levantamentos fitossanitários para reconhecimento oficial do status fitossanitário da praga cancro cítrico (Xanthomonas citri subsp. Citri) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, atualmente normatizado pela Instrução Normativa Federal n.º 21/2018.
Os critérios e procedimentos da normativa são executados pelos Fiscais Estaduais Agropecuários sob gestão da Gerente de Sanidade Vegetal, Daniela Rézio, e das Fiscais Mariza da Silva Mendanha, responsável pelo Programa Estadual de Prevenção e Controle de Pragas em Citros, e Fernanda de Sillos Faganello, responsável pelo Programa de Certificação Fitossanitária.
Goiás manteve o status fitossanitário de “Área Sem Ocorrência”, até 2018. Nesse ano, durante ações de fiscalizações e inspeções fitossanitárias de rotina realizadas pelos Fiscais da Unidade Regional Alto Araguaia (Lucas Arruda, Mohamad Yussef e Roosevelt Nunes), foi constatada a presença de plantas cítricas contaminadas pelo cancro cítrico em áreas não comerciais nos municípios de Jataí, Itajá e Lagoa Santa, as quais se encontram em processo de erradicação e estão sujeitas à inspeção por dois anos para identificação de rebrotas sob coordenação do gestor regional Sávio Carrijo Carvalho.
Em 2020, Fiscais da Unidade Regional Rio Paranaíba (Luciene Ferreira e Rodrigo Rezende) detectaram a praga em área comercial de citros inscrita no Sistema de Certificação Fitossanitária para comercialização dos frutos para outras Unidades da Federação, localizada no município de Inaciolândia, onde foi implantado o Sistema de Mitigação de Risco (SMR) sob coordenação do gestor regional Felipe Dantas de Góes Moura.
Nesse sentido, foi publicado a Portaria Federal n.º 414, de 04 de outubro de 2021, onde Goiás passou a ser reconhecido por três status fitossanitário para o cancro cítrico: Área Sem Ocorrência; Área Sob Erradicação e Área sob Sistema de Mitigação de Risco (SMR).
A praga cancro cítrico uma vez introduzida é de difícil controle, ocasionando a desfolha das plantas, depreciação da qualidade da produção pela presença de lesões em frutos, bem como a redução da produtividade pela queda prematura de frutos, e a restrição da comercialização para áreas consideradas livres da praga.
O Presidente da Agrodefesa, José Essado, alerta aos produtores que cumpram com as normativas de prevenção e controle de pragas e que adquiram mudas somente de viveiros devidamente registrados e inspecionados, bem como não adquirem mudas de vendedores ambulantes, de modo a não comprometer a produção e sanidade dos frutos e fortalecer a citricultura goiana.