Laboratório de Análises e Diagnóstico Veterinário da Agrodefesa realiza exames de brucelose em Goiás

Análises laboratoriais e imunização do rebanho estão diretamente associadas à eficácia do controle da brucelose no Estado. O correto diagnóstico permite interromper a cadeia de transmissão da doença, que causa prejuízos econômicos e à saúde pública

Foto: ComSet Agrodefesa
Com sede em Goiânia (GO), o Laboratório de Análise e Diagnóstico Veterinário (Labvet) da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) é credenciado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para a realização de exames de triagem e confirmatórios para a brucelose em Goiás. A unidade possui acreditação junto a Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro (CRL 981) e faz os exames de Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) e 2-Mercaptoetanol (2-ME). A associação do exame de AAT, utilizado na triagem, com o 2-ME, como confirmatório para os casos positivos, permite uma alta confiabilidade nos resultados.

A adoção de rotina de exames laboratoriais na propriedade rural é recomendada ao produtor, porque a brucelose é uma doença infectocontagiosa e zoonótica, causada por bactérias do gênero brucella, responsável por causar diversos prejuízos no campo, indústria e saúde pública.

O gerente do Labvet, Thiago Menegazzo Montes, reforça que observações clínicas e epidemiológicas proporcionam indícios da doença no rebanho, porém apenas com os exames laboratoriais é possível se ter a confirmação do diagnóstico.

“A principal forma de introdução da brucelose em uma propriedade é pela aquisição de animais infectados. Por isso a realização de exames antes da compra de bovinos é tão importante, não sendo aconselhada a aquisição de animais de propriedades com condição sanitária desconhecida”, informa.

Ele reforça ainda que para o trânsito interestadual é necessário se atentar às normas específicas, como a de obrigatoriedade de exames com resultados negativos para animais destinados a reprodução e participação em eventos pecuários, assim como também para propriedades localizadas em estados classificados como de risco muito baixo ou desprezível para brucelose, exceto quando for para abate imediato.

Thiago ressalta também a importância de procurar um profissional qualificado para solicitar os exames. Ele orienta que apenas médicos veterinários habilitados ao Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT) estão autorizados a realizar os exames de AAT e/ou encaminhar amostras aos Laboratórios credenciados pelo Mapa.

“Quando o exame é feito pelo médico veterinário habilitado e apresenta resultado positivo para o AAT, o produtor pode solicitar ao médico veterinário a realização do exame confirmatório 2-Mercaptoetanol (2-ME), que em Goiás é feito no Labvet/Agrodefesa”, enfatiza. No laboratório da Agência os exames têm valor acessível, podendo variar de R$6,00 a R$10,00 para o AAT, a depender do quantitativo de amostras encaminhadas, e de R$15,00 para o 2-ME, por animal.

O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, reforça a relevância do Laboratório e o compromisso da unidade em promover apoio técnico laboratorial às ações de defesa sanitária animal e ao produtor rural, prezando sempre pela qualidade, eficácia e confiabilidade dos resultados.

“Além dos exames de brucelose, o Labvet realiza outras análises, permitindo auxílio ao produtor rural no diagnóstico de outras doenças, bem como na rápida resposta do serviço oficial quando da identificação de doenças de alta transmissibilidade que geram grandes perdas econômicas e de saúde pública”, esclarece.

Entre os exames que podem ser efetuados na unidade estão Anemia Infecciosa Equina, Mormo, Raiva, Brucelose, Peste Suína Clássica, Microbiologia e parasitologia clínica, além de produção de meios de cultura para atendimentos de vigilâncias previstas nos programas de sanidade animal. Somente para brucelose, foram realizados no Labvet nos últimos dois anos cerca de 1.745 exames por ano. Desse total, o percentual de positivos chegou a 6,5%.

Saiba mais sobre brucelose
A brucelose é uma doença endêmica no Brasil, estando Goiás classificada como risco alto em seu último estudo soroepidemiológico ocorrido nos anos de 2016 e 2017, ao qual se verificou uma prevalência de 18,7% para propriedades foco (positivas) e de 3,9% para animais reagentes. Por essa razão, não se deve inserir no plantel animais de condição sanitária desconhecida, sendo imprescindível a exigência de testes de diagnóstico.

Conforme o regulamento técnico do PNCEBT, é obrigatória a vacinação de todas as bezerras bovinas e bubalinas entre três e oito meses de idade com dose única de vacina B19. É facultada ao produtor a vacinação de fêmeas bovinas com idade superior a oito meses, utilizando RB51, sem prejuízo aos vacinados por B19. As bezerras não vacinadas por B19, deverão ter sua situação regularizada, mediante a utilização da vacina RB51.

A brucelose pode ser transmitida aos humanos através da ingestão de produtos de origem animal contaminados como leite não pasteurizado e derivados (queijo e manteiga, por exemplo). Em contexto clínico epidemiológico, o principal fator de risco para brucelose humana é a ocorrência primária da doença nos animais.

Comunicação Setorial da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) – Governo de Goiás

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