Governo de Goiás, por meio da Agrodefesa, e Fundepec doam a quilombolas 20,7 mil doses de vacina contra aftosa
Produtores rurais pertencentes às comunidades quilombolas que vivem em municípios do Nordeste goiano estão recebendo 20.775 doses de vacinas contra febre aftosa para imunizar seus rebanhos nesta primeira etapa de 2020, cujo prazo vai até 31 de maio. O produto foi adquirido pelo Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás – Fundepec-GO, que faz o repasse à Agência Goiana de Defesa Agropecuária – Agrodefesa, órgão do Governo de Goiás, para distribuição.
O presidente da Agrodefesa, José Essado, explica que nos anos anteriores a vacinação nas comunidades quilombolas era feita de maneira assistida pelos fiscais da Agência, mas agora, por causa do avanço da pandemia do Novo Coronavírus, será realizada pelos próprios criadores. Conforme Essado, não haverá nenhum prejuízo já que, além de entregar o insumo, os profissionais da Agrodefesa orientam sobre todos os procedimentos. Além disso, ao longo dos anos, os quilombolas, em grande parte, construíram estruturas mais adequadas de contenção dos animais e adquiriram pistolas de aplicação.
Distribuição
A distribuição das vacinas começou no início desta semana, nas localidades de Vão de Almas, São Domingos e Capela, no município de Cavalcante, para onde se destina o maior número de doses (12 mil). Na semana que vem serão entregues vacinas para criadores dos municípios de Teresina de Goiás (2.025), Monte Alegre (6 mil) e Nova Roma (750). Os criadores destes dois últimos municípios são contemplados também com vacina contra a raiva dos herbívoros, por serem áreas de alto risco. Todo o trabalho de chamamento, mobilização e orientação dos quilombolas é feito por equipes da Agrodefesa que atuam nas Unidades Regionais Rio Paranã (Posse) e Rio Itiquira (Formosa), sob supervisão dos coordenadores regionais Raymundo Machado de Souza Santos e Augusto Amaral Rocha, respectivamente.
José Essado ressalta que doação de vacina aos quilombolas tem caráter social, mas tem um significado muito mais amplo, porque garante a sanidade do rebanho em regiões remotas do Estado, evitando surpresas futuras que poderão comprometer todo o esforço governamental e dos pecuaristas em manter o rebanho livre de aftosa, única garantia de preservar e ampliar mercados para a carne goiana no Brasil e no exterior. Assim, a Agrodefesa está atenta ao processo de vacinação dos bovinos e bubalinos dos quilombolas da mesma forma que supervisiona e fiscaliza as ações da campanha em todo o Estado.
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