Governador Ronaldo Caiado lança Plano Safra 2020/2021 e diz que retomada da economia será pelo agronegócio
Em cerimônia realizada hoje (24/6) no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia, o governador Ronaldo Caiado presidiu o lançamento oficial do Plano Safra 2020/2021 no Estado de Goiás com previsão de recursos que podem chegar a R$ 20 bilhões em operações de custeio, comercialização e investimentos. Na atual safra, o Estado de Goiás passou a ocupar a terceira posição em produção de grãos, com 27,6 milhões de toneladas, o que representa em torno de 11% de toda a produção nacional, estimada em pela Conab em 232 milhões de toneladas
O governador afirmou que o Plano Safra planejado conjuntamente pela área econômica do Governo Federal, pelo Congresso Nacional e participação das entidades dos produtores rurais vai garantir os recursos suficientes para uma produção ainda maior na safra 2020 e 2021. “Eu tenho absoluta convicção que a retomada da economia após esse período de pandemia se dará pela força e pelo avanço do setor agropecuário”, afirmou o governador, acrescentando que o Brasil é o único País com essa condição em todo o mundo. Conforme ainda o governador, essa vantagem precisa servir também como moeda de troca com outros países que vendem tecnologia para o Brasil.
Caiado enfatizou também que Goiás, colocado entre os Estados que mais produzem, deverá ser o primeiro a sair da crise pós-pandemia. “Vivemos dois momentos distintos. O primeiro com a chegada da pandemia que afetou a saúde das pessoas e desestruturou a economia, tanto das finanças públicas quanto das pessoas de modo geral. O segundo momento é o grande desafio dos problemas sociais, o desemprego e a necessidade de acudir as famílias para que tenham no mínimo o alimento em suas casas”, disse Caiado. Diante desse quadro, ele anunciou a criação do que chamou de Secretaria da Retomada, uma estrutura que vai diagnosticar, programar e executar políticas públicas para apoiar pessoas, famílias, municípios, pequenas e médias empresas para retomada da economia.
O lançamento do Plano Safra em Goiás reuniu autoridades de órgãos do Governo do Estado e do Governo Federal, da Assembleia Legislativa, de instituições financeiras e de entidades representativas dos produtores rurais, como Faeg, Superintendência Federal da Agricultura em Goiás, Associação Goiana de Produtores de Algodão, Associação Goiana de Produtores de Soja, Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura, Federação dos Trabalhadores na Agricultura, Sindicato e Organização das Cooperativas de Goiás, Ceasa-Goiás, Emater-Goiás e Agrodefesa, que foi representada pelo presidente José Essado.
Plano Safra
O secretário da Agricultura, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, fez apresentação dos números do agronegócio goiano, com destaque para a produção de grãos e a conquista da terceira posição nacional em produção de grãos, superando o tradicional Estado do Rio Grande do Sul. Esse desempenho resultou no crescimento de 3,4% do PIB goiano no primeiro trimestre de 2020, puxado pela agropecuária que avançou 18% no período.
O superintendente do Banco do Brasil em Goiás, Felipe Zanella, que representou as instituições financeiras, reafirmou que as operações de crédito para a safra 2020/2021 podem chegar a R$ 20 bilhões em Goiás. Ele destacou também os valores destinados ao seguro agrícola, estimados em R$ 1,3 bilhão, que funcionam como estímulo para que bancos privados também ofereçam crédito agrícola. Por fim, disse que os números são importantes, mas o mais relevante é o esforço pela produção de alimentos, pela geração de empregos, de renda e pela qualidade de vida das pessoas.
Juros menores
O deputado federal José Mário Schreiner, também presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás, observou que o Plano Safra é positivo e resulta do esforço do Governo Federal que, mesmo no momento de pandemia, trabalhou para ampliar o valor a ser investido, pelo esforço dos ministros Paulo Guedes e Tereza Cristina, garantindo, assim, o apoio aos produtores. José Mário observou, contudo, que as taxas de juros a serem praticadas poderiam ser menores, menos onerosas, situação que foi defendida também pelo governador Ronaldo Caiado. Conforme José Mário, no momento em que a taxa Selic está em 2,25% ao ano, os produtores rurais terão de arcar com juros que variam de 3% a 6,5% ao ano e, em alguns casos, até 8,5% como nas operações de investimentos.
Ainda na solenidade fizeram pronunciamentos o presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, que representou os deputados estaduais, e o vice-governador Lincoln Tejota. Lissauer destacou a importância do agronegócio goiano que, a cada safra aumenta a produção, agrega valor aos produtos por meio seu parque agroindustrial e amplia a participação nas exportações. Tejota enfatizou que os números positivos resultam do esforço conjunto do setor produtivo e do Governo. Ele disse ainda que há espaço para aumento contínuo da produção, garantindo a segurança alimentar dos brasileiros e de milhões de pessoas no mundo. Por fim cumprimentou os produtores rurais pelo seu empenho e ousadia.
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