Goiás na vanguarda da defesa agropecuária

José Ricardo Caixeta Ramos – Presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa)

Entre os dias 4 e 6 de junho, Goiás esteve no centro do debate da sanidade agrícola e pecuária nacional com a realização da Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária (CNDA). Em um País, como o Brasil, onde o setor é um dos pilares da economia e cuja produção contribui para a manutenção da segurança alimentar da população mundial, discutir desafios e propostas para as sanidades animal e vegetal, bem como para a produção de agroindústrias é de interesse de toda a sociedade, porque é aquilo que chega na mesa, o que consumimos todos os dias.

Neste cenário, é importante considerar o papel estratégico de Goiás, tanto na produção agrícola e pecuária, quanto no tocante às ações de defesa sanitária envolvendo esta seara. O Estado é um dos maiores produtores de grãos do Brasil. Na safra 22/23 produziu mais de 17 milhões de toneladas de soja (3º lugar entre os estados) e 12,6 milhões de toneladas de milho (4º lugar nacional). Além disso, é líder na produção de girassol, sorgo e tomate, sendo grande player em outros segmentos como arroz, feijão, melancia e citros.

Do ponto de vista da pecuária, o Estado tem força ainda na produção de proteína animal, tendo sido vice-líder no abate de bovinos em 2023, com cerca de 3,5 milhões de cabeças abatidas; 5º lugar nacional no abate de frangos; e 8º lugar no ranking de abates de suínos. É, ainda, o 6º maior produtor de leite do país, tendo produzido 2,2 bilhões de litros em 2023, boa parte exportada ainda como queijos e derivados do leite.

O que algumas pessoas não se dão conta é que para alcançar esses números, existe um profissional da defesa agropecuária atuando em programas de sanidade, na inspeção, na fiscalização agropecuária e na educação sanitária. A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) é o órgão do Executivo estadual responsável por essas ações que dão todo o respaldo para que nosso Estado alcance esses números.

O controle das pragas, por exemplo, evita perdas na produtividade agrícola. A execução e o controle de uma boa campanha de vacinação evita que nosso rebanho seja acometido por doenças como a febre aftosa (erradicada no nosso Estado) ou a raiva. A fiscalização agropecuária, em outra vertente, barra aqueles animais ou plantas que não estão cumprindo a legislação e podem ser vetores para trazer malefícios às nossas produções. E, por fim, a inspeção de produtos de origem animal garantem que o queijo, o mel, as carnes, entre outros produtos, tenham o necessário para serem consumidos por toda a população. Sem contar as inovações promovidas pela Agência, como o desenvolvimento do Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago) que é patrimônio goiano e disponibilizado para mais de 14 estados atuarem no desenvolvimento de suas atividades. São algumas ações que acontecem todos os dias na rotina do produtor do nosso Estado e que impactam diferentes cadeias produtivas, de quem faz a quem consome.

Apesar desse trabalho todo muitas vezes ser apenas visto diretamente pelo produtor, há impactos à sociedade de modo geral. Ao trazer essa Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária para o Estado, o Governo de Goiás mostrou que além de ter resultados muito bons porteira adentro, também está fazendo bonito, estando na vanguarda de um trabalho executado pelos servidores da defesa agropecuária estadual que enxergam um futuro com muitos desafios diante dos novos tempos, claro, mas ainda assim grandioso e inovador.

Governo na palma da mão

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