Goiás define estratégias para se consolidar como área livre de aftosa sem vacinação
Medidas sanitárias de vigilância são fundamentais para garantir a manutenção dos rebanhos livres da doença. Esforço exige ação do Serviço Veterinário Oficial e participação efetiva dos pecuaristas
Em reunião realizada no fim da tarde de quinta-feira (16/2), na Agrodefesa, a Equipe Gestora Estadual do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA) debateu e definiu novas ações sanitárias e estratégias de educação sanitária com o objetivo de consolidar Goiás como estado livre de aftosa sem vacinação.
No encontro, os integrantes da Equipe, que representam oito órgãos ligados ao segmento agropecuário, avaliaram e atualizaram todas as 43 medidas definidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Plano Estratégico, que precisam ter continuidade para alcançar o status de área livre de aftosa sem vacinação, com reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
O presidente da Agrodefesa, José Essado, enfatiza que o Serviço Veterinário Oficial, com apoio das demais entidades que integram a Equipe Gestora, está aparelhado para dar prosseguimento e executar todas as medidas determinadas pelo Ministério. Tanto que na reunião de ontem, o gerente de Sanidade Animal, Antônio do Amaral Leal, apontou as melhorias e investimentos feitos pela Agrodefesa em sua estrutura, das quais aquisição de veículos, equipamentos de informática, mobiliário, reformas de escritórios locais e regionais e mudança para sua sede própria, criando as condições necessárias à execução das medidas.
Educação sanitária
Um dos pontos centrais discutidos na reunião de ontem foi a elaboração do Plano Estadual de Comunicação do PE-PNEFA, com base no Plano Nacional que objetiva, fundamentalmente, orientar e conscientizar os pecuaristas para a importância de manter a vigilância sanitária permanente dos seus rebanhos. “Para a obtenção de êxito na retirada da vacina e reconhecimento de área livre de aftosa é imprescindível que os criadores notifiquem ao Serviço Veterinário Oficial toda e qualquer suspeita de doença nos rebanhos”, enfatizou Antônio Leal.
Outro aspecto fundamental é a obrigatoriedade de declaração de todos os rebanhos existentes na propriedade, o que deve ser feito nos meses de maio e novembro de cada ano. No mês de abril, a Agrodefesa vai editar Portaria que regulamenta a declaração de rebanho e, ao mesmo tempo, dispor sobre a vacinação compulsória de bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e equídeos contra a raiva em 118 municípios goianos, considerados de alto risco para a doença.
Também foram tratados temas como atualização da legislação vigente sobre o PNEFA, avaliação das ações executadas no segundo semestre de 2022 no âmbito do Plano, realização do 5º Fórum Goiás Livre de Aftosa sem Vacinação e outras medidas capazes de mobilizar os criadores para que mantenham o esforço de manter os animais em boas condições sanitárias, a fim de evitar surpresas negativas e prejuízos econômicos.
Participaram da reunião de ontem também o coordenador do PE-PNEFA na Agrodefesa, Wladimir Lênin Moraes; Rafael Costa Vieira (Conselho Regional de Medicina Veterinária); Cecília Paula Dezan e Luiz Cardoso Danin (Superintendência Federal de Agricultura em Goiás); Uacir Bernardes (Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás – Fundepec); Jesus Xavier Ferro (Emater-Goiás); Antônio Pinto (Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás – Faeg) e Juliana Moraes Dias (Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Seapa-Goiás).
Equipe Gestora Estadual do PE-PNEFA debate medidas e ações para a consolidação de Goiás como área livre de aftosa sem vacinação
Agência Goiana de Defesa Agropecuária – Governo de Goiás