Agrodefesa realiza exercício de simulação de foco de Influenza Aviária em Goiás

Ação visa capacitar representantes dos setores público e privado para interação em possível caso de gripe aviária na avicultura comercial

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), em parceria com a empresa São Salvador Alimentos, realizou na última (21/09), em Itaberaí (GO), o primeiro exercício simulado para Influenza Aviária Altamente Patogênica (IAAP) em Goiás. O objetivo foi simular a ocorrência de um foco de gripe aviária para implementação das ações preconizadas em Plano de Contingência da Influenza Aviária pelos fiscais estaduais agropecuários (médicos veterinários), com a participação de representantes dos setores público e privado para atendimento de emergência zoossanitária da doença no Estado.

A medida é uma ação preventiva e de educação, já que Goiás ainda não registrou nenhum caso da Influenza Aviária. A intenção foi também sensibilizar e conscientizar setores público e privado, por meio da aplicação do Plano de Contingência para a IAAP e Doença de NewCastle (DNC), para um eventual caso da doença nos municípios goianos; promover a interação e a mobilização entre esses setores para atuarem de forma harmônica e coordenada se houver uma ocorrência de gripe aviária; além de esclarecer os principais protocolos de ação para contenção e erradicação de um foco de IAAP e DNC no Estado.

Segundo o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, o exercício de simulação de um foco de gripe aviária é uma atividade importante, pois permite aos participantes atuarem de forma imediata e estratégica, em caso de registro da doença no Estado, especialmente em granjas industriais. “O investimento em capacitação e educação sanitária é essencial para harmonização de ações e sucesso nos resultados, principalmente para a erradicação de um foco de doença emergencial, como a Influenza Aviária”, enfatiza.

Ele acrescenta que a Agrodefesa, por meio de atividades, programas e projetos de sanidade e educação, tem atuado para prevenir, controlar e erradicar doenças emergenciais, exóticas ou de notificação compulsória em saúde animal, que possam prejudicar plantéis e toda a cadeia avícola em Goiás. “Estamos atentos, vigilantes e com ações planejadas para evitar que a gripe aviária possa chegar ao nosso estado e causar prejuízos na atividade. Por isso, adotamos medidas, principalmente voltadas para prevenção, como é o caso da publicação do Decreto nº 10.297, que estabeleceu situação de emergência zoossanitária para mitigação do risco da Influenza Aviária em Goiás”, destaca.

Parceria
O diretor de Defesa Agropecuária da Agrodefesa, Augusto Amaral, afirma que a união de esforços entre setores público e privado é importante para fazer frente a um problema que pode atingir o segmento da avicultura em Goiás. “O simulado é uma oportunidade de nos prepararmos e assim reduzirmos os impactos negativos para o setor, caso ocorra algum foco de gripe aviária em granjas industriais. Escolhemos a São Salvador para esse primeiro exercício, porque sabemos do compromisso da empresa. Vamos aproveitar a experiência e realizar novos eventos em outras regiões do Estado”, ressalta.

O presidente executivo da São Salvador, Hugo Perillo Vieira, acrescenta que todo trabalho de prevenção está sendo feito para evitar que a Influenza Aviária chegue até os planteis goianos. “Não queremos que aconteça em Goiás, mas se ocorrer, estaremos preparados para tomar as medidas necessárias”, assegura. Ele reforça a importância de manter os protocolos e status sanitário para evitar problemas tanto no mercado interno quanto externo. “Com a manutenção da nossa defesa agropecuária, conseguimos exportar para mais países, gerar emprego e renda para o nosso estado”, informa. 

Capacitação
O exercício simulado será desenvolvido em dois módulos: o primeiro, chamado de gabinete, foi no 21 de setembro, e o segundo, que é o simulado de campo, tem previsão para novembro. No primeiro módulo, ocorreu a apresentação sobre a Influenza Aviária e a situação de emergência no País e em Goiás, o Sistema de Comando de Incidentes e o Plano de Contingência para IAAP e DNC. As informações foram compartilhadas por representantes da Agrodefesa, Superintendência Federal de Agricultura (SFA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Corpo de Bombeiros. 

Durante o simulado, os participantes foram divididos em grupos. O gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Antônio Leal, explica que a organização do evento apresentou a caracterização do foco de Influenza Aviária para que os membros das equipes pudessem definir as medidas a serem executadas, a partir de ferramentas existentes no Centro de Operações de Emergências Zoossanitárias (COEZOO). 

Ao final dos trabalhos, os grupos formados apresentaram os resultados obtidos no exercício simulado – com base na localização geográfica do foco – aos demais participantes sobre a implementação de todas as medidas disponíveis para contenção da doença, problemas ocorridos e percepção da equipe em relação ao evento. 

Antônio Leal – que foi o responsável por coordenar o simulado e apresentar o Plano de Contingência da Influenza Aviária -, reforça que a ideia é que o projeto piloto seja replicado para outros locais. “Dessa forma, estaremos preparados para qualquer situação que venha ocorrer em Goiás”. A ação teve apoio, ainda, da Polícia Militar do Estado de Goiás, Prefeitura de Itaberaí e São Salvador. 

Outras medidas de prevenção 
No dia 2 de agosto, o Governo de Goiás, por meio da Agrodefesa, publicou o Decreto nº 10.297, que estabeleceu situação de emergência zoossanitária, de forma preventiva, para a doença no Estado. O documento vale por 180 dias, a partir da data de publicação, e tem como objetivo principal permitir que o Estado possa adotar e intensificar medidas de conscientização, prevenção, monitoramento e combate à gripe aviária em território goiano. 

O diretor de Defesa Agropecuária da Agrodefesa, Augusto Amaral, informa que a declaração de estado de emergência foi orientada pelo Mapa, em reunião realizada em julho. O intuito, segundo ele, é promover medidas de enfrentamento à doença em todo país e facilitar a o acesso dos estados a recursos disponibilizados pelo governo federal. 

Isso porque a medida provisória (MPV) 1.177/2023, publicada pela União, abre crédito extraordinário de R$ 200 milhões no Orçamento de 2023 para o combate à gripe aviária. O recurso será usado no Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária. “Em Goiás, o governo estadual aportou recursos na Agrodefesa para permitir a execução de ações de prevenção e de conscientização sobre a Influenza Aviária. A verba federal permitirá ampliar as medidas adotadas”, reforça Augusto.

Pelo Decreto 10.297, a Agrodefesa fica responsável por instituir as diretrizes gerais para execução das medidas necessárias de prevenção e combate à Influenza Aviária, podendo editar normas complementares, em especial o plano de contingência estadual para a doença, homologado pela Comissão Estadual de Emergência Sanitária. 

Está previsto ainda que as medidas de monitoramento, ações preventivas e análises de riscos para a gripe aviária, adotadas em Goiás, vão ocorrer com a cooperação entre municípios, setor privado e poder público estadual, observados os princípios e as diretrizes do Mapa. Fica autorizada a mobilização de todos os órgãos e entidades estaduais para apoiar ações necessárias à prevenção da ocorrência da IAAP e à mitigação de eventuais casos. 

Comunicação Setorial da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) – Governo de Goiás

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