Agrodefesa realiza audiência pública sobre abate clandestino em São Miguel do Araguaia
Objetivo foi orientar diferentes setores da sociedade sobre os riscos sanitários desse tipo de prática, especialmente para o consumidor final. Entre os encaminhamentos estão notificação dos estabelecimentos em relação aos perigos dos abates clandestinos e a necessidade de capacitação de inspetores municipais
A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) realizou na última segunda-feira (11/03), em São Miguel do Araguaia, uma audiência pública para abordar o tema abate clandestino. Participaram vereadores da cidade, secretários municipais, empresários locais e demais representantes de estabelecimentos que trabalham com a comercialização de produtos cárneos. Pela Agrodefesa, estiveram presentes o gerente de Fiscalização Agropecuária, Janilson Azevedo Júnior, o coordenador da regional Rio do Ouro, Júlio César Conserva, além de fiscais estaduais agropecuários. Também foram convidados a prefeita e o vice-prefeito da cidade, promotor de Justiça e representantes das Polícias Civil e Militar.
Durante o encontro, a fiscal estadual agropecuário, Lis de Oliveira Sousa, apresentou mais informações sobre abate clandestino, desde cenário nacional, os riscos dessa prática até dados levantados em Goiás. “Foi uma reunião bastante produtiva e informativa, que serviu de oportunidade para que pudéssemos nos posicionar e esclarecer melhor a questão de trânsito de animais destinados ao abate. Explicamos ainda o papel da Agrodefesa em oferecer serviço de inspeção aos municípios. Então, acreditamos que uma sementinha foi plantada no sentido de deixar claro para os participantes a importância deles se tornarem multiplicadores da ideia de combate ao abate clandestino no Estado”, enfatizou.
O gerente de Fiscalização Agropecuária da Agrodefesa, Janilson Azevedo Júnior, acrescentou que a audiência foi importante para deixar claro aos diferentes setores da sociedade que o abate clandestino desrespeita a legislação e, principalmente, traz problemas sanitários e na relação de consumo. “O consumidor final é o mais prejudicado. Isso porque ele quer e tem o direito de adquirir um produto de qualidade, um produto inócuo à saúde. No entanto, os abates clandestinos resultam no desrespeito às medidas sanitárias, inclusive no que tange ao bem-estar animal, uma vez que ocorrem de forma não humanitária, causando estresse e, consequentemente, carne mais rígida. É uma prática que coloca em risco a saúde pública”, reforçou.
Encaminhamentos
A partir das apresentações e dos debates, foi estabelecido que a presidência da Câmara de Vereadores de São Miguel do Araguaia ficará responsável por cobrar da Secretaria de Agricultura do município a notificação dos estabelecimentos em relação à responsabilização de cada um no comércio de produtos cárneos, assim como a necessidade de aquisição de produtos que sejam inspecionados e não de abate clandestino. “A Agrodefesa fará o acompanhamento também e a fiscalização, quando necessária. A Secretaria de Agricultura também terá que, junto da Secretaria de Saúde, discutir e verificar uma possível data para que os inspetores do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) possam ser capacitados por profissionais da Agrodefesa”, finalizou.
Comunicação Setorial da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) – Governo de Goiás