Agrodefesa participa de simulado de emergência zoossanitária de febre aftosa, no Acre

Ação preventiva busca capacitar médicos veterinários dos Serviços Veterinários Oficiais para a elaboração de planos de atuação emergenciais e atendimento em uma eventual crise ou surgimento de foco da doença

Simulado realizou atividades teóricas e práticas. Foto: Agrodefesa.

O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), esteve presente no Simulado de Emergência Zoossanitária com ênfase em Febre Aftosa, realizado de 12 a 18 de setembro, no município de Cruzeiro do Sul, no Acre. A atividade foi organizada pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), reunindo profissionais do Serviço Veterinário Oficial de todo o Brasil, dentro das atividades do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA).

A atividade envolve teoria e prática, que simula uma situação real, de uma possível ocorrência de foco de doença emergencial ou exótica, em propriedades rurais ou estabelecimentos que detenham animais. De acordo com a organização, o objetivo principal é capacitar os serviços veterinários oficiais de todo o País e avaliar a eficiência dos planos de atuação em focos de febre aftosa ou outras doenças emergenciais, identificando as vulnerabilidades de introdução e disseminação de uma doença, para um atendimento rápido e eficaz para extinguir o foco em um menor espaço de tempo.

Prática em campo simula situação real de ocorrência e protocolos a serem adotados. Foto: Agrodefesa.

Na avaliação do presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, simulados como esse são essenciais para preparar as equipes diante de possibilidades de foco de doenças já erradicadas, como a febre aftosa. “Goiás é um Estado livre de febre aftosa com vacinação e retiramos a vacina recentemente, almejando o status de livre sem a necessidade da vacina. É um status muito importante para abrirmos novos mercados e atestarmos a sanidade dos produtos do Estado, mas, por outro lado, exige que redobremos a vigilância ativa contra a doença. Por isso, é essencial termos bem estruturadas as medidas e definidos os protocolos a serem tomados em caso de suspeitas”, ressalta.

No total, cerca de 130 médicos veterinários ligados ao Serviço Veterinário Oficial de vários estados participaram do simulado. A Agrodefesa foi representada pelo coordenador de Epidemiologia e Emergências Sanitárias da Gerência de Sanidade Animal, Wladimir Moraes, e pela fiscal estadual agropecuária da Unidade Regional Alto Araguaia, Jaqueline Martins.

Fiscais estaduais agropecuários da Agrodefesa, Wladimir Moraes e Jaqueline Martins, durante treinamento em campo. Foto: Agrodefesa.

“Na semana passada, tivemos reuniões de alinhamento e atividades teóricas sobre aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças vesiculares, sobre sistemas de comando de incidentes, comunicação em situações de crise e planos de contingência, além de diferentes oficinas ligadas ao tema”, explica Wladimir. “Já nesta semana, o foco está nas atividades do simulado na prática, incluindo aspectos da vigilância em propriedades rurais, fiscalização de trânsito, de estabelecimentos de leilão, de estabelecimentos de abates, entre outras.”

O Acre possui atualmente status de Área Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação Internacionalmente. Goiás já possui o mesmo status a nível nacional, reconhecido pelo Mapa, e aguarda que a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) o conceda internacionalmente. Desde 2023, a vacinação não é mais aplicada no rebanho goiano, dentro do cronograma estabelecido pelo Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA). O Plano prevê que o Brasil se torne totalmente livre da vacinação até 2026. Esse reconhecimento abre caminho para que os produtos pecuários de tais locais sejam aceitos nos mercados mais exigentes do mundo.

Comunicação Setorial da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) – Governo de Goiás

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