Agrodefesa orienta pecuaristas sobre cuidados com rebanho após retirada da vacina contra aftosa

Ações de vigilância sanitária precisam ser rigorosas e quaisquer suspeitas de enfermidade nos animais devem ser comunicadas imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) intensifica as ações de educação sanitária e orientação aos pecuaristas para os cuidados que precisam ser tomados a partir de agora, em decorrência da retirada da vacina contra febre aftosa. Nesta sexta-feira (24/2), em evento realizado na sede da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura, o gerente de Sanidade Animal da Agência, Antônio do Amaral Leal, fez palestra sobre o tema, ocasião em que reforçou a importância da vigilância sanitária.

“A vacina contra aftosa está suspensa e não precisamos fazer mais nada?” Indagou Antônio Leal, para responder que muito ainda precisa ser feito especialmente em relação às medidas zoosanitárias. Ele reforçou que a conjugação de esforços do poder público, por meio dos órgãos ligados ao segmento agropecuário, e dos pecuaristas, em especial de suas entidades representativas, é que vai garantir com que Goiás fique livre de aftosa, sem vacinação, e com reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

Plano de Metas

Antônio Leal mostrou aos pecuaristas o Plano de Metas da Agrodefesa para os próximos meses, além da continuidade das medidas já adotadas anteriormente para garantir a retirada da vacina. Uma das metas é a vigilância ativa baseada em risco, que já vem sendo executada desde 2022, que estabelece a inspeção e/ou vistoria em duas a cinco propriedades por município a cada mês.

O Plano também define quatro fiscalizações mensais das revendas de produtos agropecuários nos meses de maio e novembro (quando eram realizadas as etapas de vacinação) e uma fiscalização mensal nos demais meses do ano. Também haverá fiscalização em 60% dos eventos pecuários.

Outras medidas de suma importância são o atendimento de 100% das notificações que forem eventualmente apresentadas pelos criadores em prazo inferior a 12 horas após a comunicação; e a obrigatoriedade de declaração de rebanho a cada seis meses (maio e novembro), por todas as propriedades do Estado. E ainda a vacinação obrigatória contra a raiva dos herbívoros em 118 municípios considerados de alto risco para a doença, sempre nos meses de maio e novembro.

Ainda no evento organizado pela Associação Goiana de Criadores de Zebu (AGCZ), o representante da Agrodefesa discorreu sobre todo o Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA), mostrou as etapas que já foram cumpridas, ressaltando que agora o Estado está na fase de retirada da vacina. O passo seguinte será o reconhecimento de zona livre de aftosa sem vacinação pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e posteriormente, após 24 meses de retirada da vacina, solicitação à OMSA de reconhecimento internacional.

Também da Agrodefesa, estiveram presentes no evento da AGCZ, o diretor de Defesa Agropecuária, Sérgio Paulo Coelho; e os assessores técnicos da Diretoria, Ramon Rizzo Vasques e Cícero Lopes Coelho. A programação contou também com palestra proferida pelo representante do Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás (Fundepec), Uacir Bernardes, e outras atividades.

Desafios para garantir o status de livre de aftosa sem vacinação

  • Aumentar a vigilância passiva, ou seja, notificação pelos criadores, de suspeita de doenças em suínos, bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos (o que pode ser feito clicando no item ‘Notificação de Suspeita de Doenças’ na capa do site da Agrodefesa
  • Corrigir deficiências encontradas nas Unidades Veterinárias Locais (UVLs) da Agrodefesa, visando fortalecer suas estruturas físicas, de recursos humanos e comunicação, compatibilizando-as com as demandas locais e nova condição sanitária almejada
  • Aumentar a vigilância ativa preexistente e intensificar as ações de controle de trânsito de animais no Estado
  • Direcionar as vigilâncias por amostragem baseada em risco
  • Integrar os serviços de inspeção (SIF, SIE e SIM) com a saúde animal para aumento da sensibilidade do Serviço Veterinário Oficial na detecção de doenças
  • Promover a mudança da condição sanitária de todas as Unidades da Federação que integram o Bloco IV do PNEFA (Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Distrito Federal, Bahia, Rio de Janeiro e Sergipe)
  • Garantir a declaração semestral de rebanho
  • Ampliar a rastreabilidade/identificação individual de animais
  • Preparar o Estado continuamente para qualquer emergência sanitária

Antônio Leal, gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, discorre sobre medidas para mater Goiás livre de vacinação contra aftosa 

Evento foi organizado pela Associação Goiana de Criadores de Zebu no auditório da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura

Pecuaristas demonstraram interesse nas informações repassadas e fizeram muitos questionamentos em Mesa Redonça após as apresentações

Agência Goiana de Defesa Agropecuária – Governo de Goiás

 

Governo na palma da mão

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