Agrodefesa capacita servidores com foco em mudanças nas regras do vazio sanitário para a cultura do feijão

Expectativa é de que o Ministério da Agricultura publique, em breve, alterações nos municípios onde ocorre o período de vazio sanitário. Fiscais estaduais agropecuários da Agência deverão realizar monitoramento da mosca-branca e das viroses transmitidas pela praga

Ovos e adultos de mosca-branca em folha de feijão. Crédito: Sebastião José de Araújo / Embrapa Arroz e Feijão.

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) realiza, na próxima quinta-feira (11/04), uma capacitação voltada aos fiscais estaduais agropecuários, engenheiros agrônomos, da pasta para monitoramento da mosca-branca e viroses associadas na cultura do feijoeiro comum. A ação é realizada em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), unidade Arroz e Feijão, em preparação às novas medidas que estão sendo editadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a respeito das alterações no vazio sanitário do feijão, em Goiás. A capacitação será realizada na sede da Embrapa Arroz e Feijão, em Santo Antônio de Goiás.

O vazio sanitário é o período definido e contínuo em que é proibido cultivar, manter ou permitir, em qualquer estágio vegetativo, plantas vivas emergidas de uma espécie vegetal em uma determinada área. O objetivo do vazio sanitário é reduzir o desenvolvimento de doenças ou população de uma determinada praga.

“Após manifestação da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás, Faeg, e com parecer técnico da Embrapa e da Gerência de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, nós encaminhamos ao Mapa sugestão de alteração nos municípios abrangidos pelo vazio sanitário do feijão”, explica o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos. “A minuta seguiu para avaliação e enquanto esperamos a publicação da normativa federal, já estamos capacitando nossos técnicos para acompanhar os desdobramentos da medida.”

Durante a capacitação será apresentada a nova proposta de vazio sanitário para a cultura do feijoeiro, pelo coordenador de Programas de Grandes Culturas, Mário Sérgio de Oliveira, por parte da Agrodefesa. A pesquisadora da Embrapa Arroz e Feijão, Eliane Dias Quintela, também fará a explanação da bioecologia e amostragem de mosca-branca e de plantas infectadas por vírus, além de realizar práticas de campo e casa de vegetação.

“A mudança proposta leva em conta a suspensão temporária do vazio sanitário em alguns municípios do Estado, observando a ausência de perdas significativas por mosca-branca como vetor do mosaico dourado, visto que o plantio está basicamente concentrado na terceira safra plantada de abril a junho”, explica a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio. “Enquanto aguardamos a publicação, nossos fiscais estão se capacitando junto à Embrapa para realizar o monitoramento dessas pragas a partir das mudanças e, assim, manter a segurança da produção de feijão no Estado.”

Atualmente, o vazio sanitário da cultura do feijoeiro em Goiás é dividido em duas regiões (1 e 2), com datas distintas. A proposta encaminhada pela Agrodefesa ao Mapa retira a necessidade do vazio sanitário por dois anos em alguns municípios, observando a quantidade de cultivos durante o ano e a incidência de pragas registradas em anos anteriores.

Comunicação Setorial da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) – Governo de Goiás

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