Agrodefesa apreende caminhão que fazia coleta ilegal de embalagens vazias de agrotóxicos em fazendas para destinação final indevida

Operação foi conduzida pela Gerência de Fiscalização Vegetal, coordenação de Agrotóxicos e fiscais estaduais agropecuários das unidades móveis e escritórios locais que atuam na região Sul do Estado

Após intensificar a fiscalização em todo o Estado para averiguar o descarte correto de embalagens vazias de agrotóxicos, em conformidade com a legislação, os fiscais da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) apreenderam um caminhão carregado de embalagens, que fazia coleta e levava para serem utilizadas e/ou recicladas de forma totalmente irregular, fora das recomendações legais.

O detentor do caminhão atuava em municípios do Sul do Estado, como Piracanjuba, Morrinhos, Goiatuba e outros, conforme apurado pelos agentes da Agrodefesa. No momento da apreensão eram transportadas embalagens vazias, muitas preservados em sua integridade e outras contaminadas, impróprias para reciclagem. Todo o material foi apreendido e levado para a Unidade de Recebimento localizada em Morrinhos. O detentor do veículo foi autuado e, além de multa, vai responder processo por danos ao meio ambiente e descumprimento da legislação.

O presidente da Agrodefesa, José Essado, ressaltou a importância do trabalho realizado pelos fiscais e pela Gerência de Fiscalização Vegetal, pela ação eficiente, evitando maiores danos. “Operações como essa são muito importantes, porque evitam males às pessoas e danos ao meio ambiente, além de quebrar um ciclo vicioso de prática criminosa, em especial na manipulação de materiais perigosos que precisam ter tratamento adequado”, enfatizou ele.

Agravamento

Embora o detentor do veículo tenha afirmado que iria levar os materiais para a Central de Recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos, os fiscais da Agrodefesa comprovaram em consulta feita aos postos e centrais de recebimento da região, que não há registro de entrega ou devolução de embalagens nesses locais. A suspeita é que o produto era levado para empresas de reciclagem que trabalham também com papel, latinhas de alumínio, ferro velho e outros materiais, o que significa local inadequado, sem competência nem amparo legal para tratar embalagens vazias de agrotóxicos.

A situação se torna ainda mais crítica considerando que as embalagens continham ainda restos de agrotóxicos, sendo que nas empresas de reciclagem geral, as pessoas lançam fora esses produtos, sem nenhum cuidado com as pessoas ou com o meio ambiente. O correto, conforme estabelece a legislação, é as embalagens serem triplamente lavadas e entregues nos postos de coleta, que realizam triagem e separação dos vários tipos de embalagens. Na etapa seguinte, serão levadas pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) para as centrais de recebimento, onde é encaminhada à destinação final.

Parte das embalagens vazias apreendida e entregue na Unidade de Recebimento de Morrinhos passou por triagem especial, com eliminação adequada dos restos de produtos (incluindo uso de serragem para absorção e preparo para posterior incineração). Outra parte, em condições de reciclagem, foi armazenada.

Caminhão com embalagens vazias de agrotóxicos chega foi apreendido e levado para Central de Recebimento em Morrinhos  

Embalagens vazias apreendidas não tinham tratamento adequado. Destinação inadequada traz risco às pessoas e ao ambiente

Triagem sendo realizado na Central de Recebimento em Morinhos, que possui licença ambiental específica para esta operação Agência Goiana de Defesa Agropecuária – Governo de Goiás

 

 

Governo na palma da mão

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