Agrodefesa capacita veterinários para emissão de documentos zoossanitários para aves, ovos férteis e resíduos avícolas

Medida visa ampliar as ações de prevenção e controle de doenças na avicultura, em especial no reforço às recomendações zoossanitárias para evitar a entrada da gripe aviária no Estado

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), por meio da Gerência de Sanidade Animal, realizou hoje treinamento destinado a médicos veterinários habilitados no Serviço Veterinário Oficial para emissão de documentos zoossanitários como Guias de Trânsito Animal (GTAs) para aves e ovos férteis, emissão de Certificado de Inspeção Sanitária modelo E (CIS-E), para resíduos e subprodutos de exploração avícola (cama de aviário e esterco), e ainda a emissão da GTA para carcaças de animais mortos. Ao todo, participaram da capacitação 52 profissionais da veterinária que atuam como responsáveis técnicos das empresas ou como habilitados na Agência, no Programa de Sanidade Avícola.

O evento foi conduzido pelo gerente de Sanidade Animal, Antônio do Amaral Leal, pela coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola (PESA), Silvânia Andrade Reis, pelo responsável do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) na Superintendência Federal da Agricultura em Goiás, médico veterinário Cleverson Santos, e pela responsável da área de trânsito animal da SFA-Goiás, veterinária Ana Helena Mendonça. Todo o conteúdo da capacitação teve como foco principal a importância do cumprimento das normas zoossanitárias de prevenção de doenças que acometem as aves, mas principalmente a gripe aviária, doença de Newcastle, salmoneloses e micoplasmoses.

O presidente da Agrodefesa, José Essado, destacou a importância do treinamento, ressaltando que a cooperação de todos os integrantes da cadeia produtiva avícola é fundamental para evitar a entrada e disseminação de doenças que podem causar grandes prejuízos aos plantéis de Goiás. “A atuação dos médicos veterinários habilitados se torna ainda mais relevante para a prevenção e controle de enfermidades nas aves, especialmente neste momento em que há um risco iminente da influenza aviária chegar ao Brasil e a Goiás”, asseverou ele.

Diretrizes

Cléverson Santos discorreu sobre o PSNA, que estabelece medidas como a prevenção e controle das enfermidades de interesse em avicultura e saúde pública; definição de ações que possibilitem a certificação sanitária do plantel avícola nacional; favorecer a obtenção de produtos avícolas saudáveis para o mercado interno e externo e, juntamente como o setor produtivo, estabelecer as medidas de prevenção, controle e vigilância das principais doenças avícolas de impacto tanto em saúde pública como em saúde animal.

A coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola, Silvânia Andrade Reis, reforçou no âmbito estadual as diretrizes do Programa Nacional e falou sobre o conjunto de medidas que são adotadas pela Agrodefesa para garantir a sanidade dos plantéis avícolas goianos e prevenir a entrada da influenza aviária no Estado. Ela abordou mais especificamente a Instrução Normativa nº 03/2023 da Agrodefesa, que dispõe sobre o Cadastro Unificado junto à Agrodefesa de profissionais veterinários sem vínculo empregatício com o Serviço Veterinário Oficial, para fins de responsabilidade técnica, emissão de guias de trânsito animal, guias de trânsito animal eletrônicas, atestados de vacinação, atestados de exames e demais documentos zoossanitários exigidos pela defesa sanitária animal.

Cuidados

O gerente de Sanidade Animal, Antônio Leal, discorreu sobre a legislação que regula o cadastramento dos profissionais veterinários para habilitação na Agrodefesa, incluindo informações sobre a utilização do Sistema de Defesa Agropecuária (Sidago) para iniciar o processo, bem como toda a documentação necessária. Isso porque os veterinários, uma vez habilitados, podem emitir todos os documentos de trânsito de aves, ovos férteis e resíduos (carcaças e camas de frango), o CIS-E e Guia de Trânsito de Resídulos (GTR), desde que vinculados às empresas avícolas.

Além de apresentar a legislação que regula as ações do Serviço Veterinário Oficial (SVO), Antônio Leal abordou de forma mais específica a norma do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que estabelece as diretrizes para o trânsito de subprodutos de origem animal e a emissão do CIS-E, medida que exige mais atenção e cuidado agora, para evitar que, pelo transporte e destinação desses produtos, sem tratamento e documentação obrigatória, haja disseminação de doenças para os criatórios.

No âmbito do Estado, a medida é reforçada por Instrução Normativa da Agrodefesa que estabelece a Guia de Trânsito de Resíduos (GTR), a qual especifica procedimentos para recolhimento, transporte, processamento e destinação de animais mortos e resíduos da produção pecuária como alternativa para mitigação de riscos de ocorrência de doenças de notificação obrigatória em saúde animal. Leal lembrou que todos os documentos zoossanitários são emitidos integralmente de maneira informatizada na plataforma do Sidago.

Agência Goiana de Defesa Agropecuária – Governo de Goiás

 

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