Começa em setembro o vazio sanitário do algodão, alerta Agrodefesa

Medida objetiva prevenir e controlar o bicudo-do-algodoeiro. Estado foi dividido em regiões e produtores precisam observar período correto para eliminar plantas e soqueira nas áreas cultivadas

O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), alerta os produtores de algodão para o período de vazio sanitário. Com base em zoneamento agroecológico, Goiás foi dividido em quatro regiões, sendo que os produtores devem estar atentos para saber quando cumprir a medida conforme a região em que consta o município onde sua lavoura está. O vazio do algodão é regulamentado pela Instrução Normativa nº 04/2019, que traz as recomendações técnicas e a distribuição regional dos municípios. Acesse https://goias.gov.br/agrodefesa/wp-content/uploads/sites/49/2019/09/717082-18e.pdf

Durante o período do vazio sanitário, os produtores devem ter cuidado para garantir a ausência total de plantas cultivadas de algodão e plantas com risco fitossanitário para o bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis) nas áreas de lavoura. Também não pode haver plantas voluntárias e rebrotadas (soqueiras) do algodoeiro com presença de estruturas reprodutivas, nem das voluntárias (tiguera ou guaxa) germinadas espontaneamente após a colheita e nem ainda restos culturais que possam servir de hospedeiros ao bicudo, evitando a sua perpetuação.

O presidente da Agrodefesa, José Essado, enfatiza que o vazio sanitário do algodão é uma estratégia fitossanitária fundamental para prevenir e combater a praga, que é capaz de causar grandes prejuízos aos produtores e ao Estado. “A conscientização e engajamento dos produtores é fundamental para que possamos controlar a incidência do bicudo em Goiás”, argumenta. A medida está em conformidade com o Programa Nacional de Prevenção e Controle do Bicudo do Algodoeiro, coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Vazio por regiões

A gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio e Silva, explica que o vazio sanitário do algodão em Goiás foi estabelecido considerando-se quatro regiões geográficas em conformidade com o Zoneamento Agrícola de Risco Climático do Algodão (Zarc), realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa/Mapa), com participação também de todos os segmentos que integram a cadeia produtiva do algodão em Goiás, sob coordenação da Gerência de Sanidade Vegetal da Agrodefesa.

Desse modo, nos municípios da Região 3 (Entorno do Distrito Federal e Nordeste goiano), o vazio sanitário começa neste sábado (10/9) e vai até o dia 19 de novembro. Em seguida, vêm os municípios da Região 1 (Sudeste e Sul de Goiás), onde o período de vazio sanitário começa em 15 de setembro e vai até 25 de novembro. Nos municípios listados na Região 2 (Sudoeste goiano), o vazio começa dia 20 de setembro e vai até 30 de novembro. Finalmente, nos municípios da Região 4 (Noroeste e Norte goiano), o vazio começa dia 10 de novembro e vai até 20 de janeiro. (Veja mapa).

A Instrução Normativa é abrangente e alinha também aspectos relevantes relacionados à semeadura e tratos culturais. O artigo terceiro determina que a cada nova semeadura do algodão é obrigatório o cadastramento eletrônico das áreas produtoras no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago), até no máximo 30 dias após a semeadura.

O artigo 10 estabelece que, excepcionalmente, a Agrodefesa poderá autorizar a semeadura e a manutenção de plantas vivas de algodão durante o período do vazio sanitário, quando solicitado pelo interessado via Formulário de Requerimento até 30 dias antes da data provável da semeadura, nas seguintes situações de cultivo: destinado à pesquisa científica de material genético sob a responsabilidade e controle direto do obtentor ou introdutor; destinado à produção de sementes genéticas e nas áreas de Projetos Públicos de Irrigação no Estado de Goiás.

No período de vazio sanitário não pode haver plantas voluntárias nem soqueira de algodão na área colhida, para interromper o ciclo do bicudo do algodoeiro 

Bicudo-do-algodoeiro é a principal praga da cultura do algodão, capaz de causar grandes prejuízos

Comunicação Setorial da Agrodefesa – Governo de Goiás

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