Em ação realizada na tarde de sexta-feira (3/4), policiais do Grupo Tático Ambiental da Polícia Militar, em parceria com fiscais estaduais agropecuários da Agência Goiana de Defesa Agropecuária – Agrodefesa, apreenderam 10 mil litros de produtos falsificados, envasados e identificados como agrotóxicos, fabricados com produtos sem comprovação de origem, em condições precárias e com outras irregularidades graves que ferem a legislação sobre produção, comercialização e uso de agrotóxicos. As atividades eram desenvolvidas no Residencial Itaipu, em Goiânia.

A operação foi desencadeada a partir de denúncia feita ao Grupo Tático Ambiental que acionou a Agrodefesa, órgão do Governo de Goiás responsável também pela fiscalização e aplicação da legislação que rege o segmento de agrotóxicos. No local foram encontrados 9,7 mil litros de produtos já envasados em galões de 20 litros e carregados em um caminhão para embarque com destino a São Félix do Xingu, no Pará.

Os policiais fizeram a apreensão da mercadoria envasada, bem como de outros 300 litros ainda por envasar, totalizando assim 10 mil litros de agrotóxicos falsos. Também encaminharam as pessoas que se encontravam no local para a central de flagrantes para sanções no aspecto criminal. Já os fiscais da Agrodefesa autuaram os responsáveis pela empresa, com aplicação de multa que pode variar de R$ 20 mil a R$ 50 mil por se tratar de falta gravíssima.

Fragilidades

O coordenador da Regional Rio das Antas da Agrodefesa em Anápolis, Renan Willian de Abreu, informou que, conforme apurado pelos policiais, os falsificadores utilizavam uma espécie de microbicida de uso na indústria de tintas como base para falsificar os produtos. Adicionavam água e vendiam como herbicidas. Na carga apreendida eram dois tipos de produtos, identificados com rótulos e bulas falsificados e com tampas de vedação bastante manual, completamente fora dos padrões legais exigidos.

O presidente da Agrodefesa, José Essado, enalteceu o trabalho dos policiais do Grupo Tático Ambiental e dos fiscais da Agência, por tratar-se de um trabalho de grande relevância que resultou no impe3dimento da venda de produtos falsos aos produtores rurais, evitando prejuízos econômicos e ambientais. Atuaram na operação os fiscais estaduais agropecuários Anna Lídia Faria, Marcelo Corte Real e Geraldo Santana de Oliveira Neto, todos ligados à Regional Rio das Antas.

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