Governo lança campanha de vacinação contra aftosa e reafirma meta de zona livre da doença sem vacinação
Em pronunciamento que fez hoje (4/11) durante o lançamento da campanha de vacinação contra a aftosa, segunda etapa de 2019, o presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuaria – Agrodefesa, José Essado, disse que após um longo de período de vacinação, que teve resultados muito positivos, Goiás caminha agora para conquistar o status de livre da aftosa, sem vacinação, a partir de 2021.
“Com orientação do Ministério da Agricultura, apoio do Governo do Estado por meio da Secretaria de Agricultura, apoio de entidades públicas e privadas, estamos trabalhando e executando todas as medidas necessárias para que o programa de vacinação contra a aftosa chegue ao fim e tenhamos o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde como livre de aftosa, sem vacinação”, enfatizou o dirigente da Agrodefesa.
O lançamento da segunda etapa da campanha neste ano foi na Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás, com participação de dirigentes e representantes de órgãos públicos e instituições como Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás, Sindileite, Emater-Goiás, Universidade Federal de Goiás, Superintendência Federal da Agricultura em Goiás, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Conselho Regional de Medicina Veterinária. O governador Ronaldo Caiado esteve representado pelo secretário de Agricultura, Antônio Carlos de Souza Lima Neto.
Importância
O ponto comum destacado pelas autoridades participantes foi a importância da vacinação que ao longo dos anos erradicou a doença do território goiano que está há mais de 24 anos sem focos de aftosa. O representante do Fundepec, Antônio Flávio Camilo de Lima, disse que o lançamento das campanhas de imunização do rebanho tem um valor simbólico fundamental, porque desperta o pecuarista para a importância de manter a sanidade do rebanho, que dá suporte ao comércio dos produtos para o Brasil e para o exterior.
O pró-reitor de Graduação da UFG, professor Laerte Guimarães Ferreira Júnior, que representou o reitor Edward Madureira, observou que a integração da Universidade com o Governo e com a sociedade é de fundamental importância, especialmente pelos trabalhos de pesquisa realizados pela academia. Ele informou que está em curso uma tese de doutorado sobre o fim da vacinação contra a aftosa em Goiás.
O superintendente federal da Agricultura em Goiás, José Eduardo de França, destacou a gestão da Agrodefesa, pela seriedade do trabalho realizado pela equipe comandada por José Essado, que desempenha com eficácia todas as ações voltadas à melhoria da sanidade do rebanho. Ele também enalteceu as iniciativas de cooperação e parceria do Ministério com a Agência, cujos resultados têm sido muito positivos. “Todo esse esforço contribuirá para a retirada da vacina em 2021”, observou França.
O secretário Antônio Carlos Lima Neto afirmou que o Governo de Goiás aposta no fortalecimento do agronegócio no Estado e por isso o setor público agrícola tem trabalhado de forma integrada para o alcance deste objetivo. “Precisamos de uma Agrodefesa cada vez mais fortalecida para que, mesmo após a retirada da vacina, ela seja capaz de manter o zelo pela sanidade do rebanho e garantir alimentos de qualidade cada vez melhor para atendimento dos mercados”, afirmou.
Palestra técnica
O gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, médico veterinário Antônio do Amaral Leal, proferiu palestra técnica sobre Vacinação para Erradicação. Ele faz um breve histórico do programa de vacinação, enfatizando que agora, depois dos bons resultados alcançados, está na hora de concluir este ciclo. Leal lembrou que com esta etapa de novembro, ficarão faltando apenas outras três etapas: maio de 2020, quando deverá ser imunizado todo o rebanho; novembro de 2020, com vacinação de animais de zero a 24 meses e depois em 2021, etapa de maio, todo o rebanho novamente. A partir daí a vacinação estará suspensa, caso o Estado atenda o preconizado no Plano Estratégico 2017-2026.
Antônio Leal também repassou algumas informações técnicas sobre a campanha atual, lembrando que deverão ser aplicados apenas 2 ml. As vacinas devem ser adquiridas em lojas cadastradas e autorizadas pela Agrodefesa, com observância das condições de conservação e higiene do produto, desde a loja até a utilização na fazenda. Ele voltou a alertar também para a necessidade de informação das coordenadas geográficas da propriedade, uma das exigências do Mapa para a retirada da vacina.
Após as atividades realizadas no auditório da Escola de Veterinária, os participantes se deslocaram para os currais da Escola, onde houve vacinação de animais. O presidente da Agrodefesa, José Essado, o superintendente da SFA-Goiás. José Eduardo, e outras autoridades fizeram questão de imunizar alguns animais.
Estiveram presentes também no lançamento da campanha a diretora da Escola de Veterinária, professora Maria Clorinda Soares; o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária, Olívio Claudino; o presidente da Emater-Goiás, Pedro Leonardo de Paula Rezende, o chefe da Embrapa Arroz e Feijão, Romeu Santos; e o diretor-executivo do Sindileite, Alfredo Luiz Correia. Da Agrodefesa, além do presidente, compareceram os diretores de Defesa Agropecuária, Sérgio Paulo Coelho, e de Gestão Integrada, Aníbal Coelho Lima, além de gerentes, assessores técnicos, fiscais estaduais agropecuários e servidores administrativos.
Assessoria de Comunicação – 3201-3546