Agrodefesa orienta fiscais para identificar, controlar e evitar a disseminação da praga Sigatoka Negra
A Agência Goiana de Defesa Agropecuária – Agrodefesa, por meio da Gerência de Sanidade Vegetal, realizou hoje (3/10), na Fazenda Santa Bárbara, em Bom Jardim de Goiás, uma visita técnica com o objetivo de repassar orientações e capacitar fiscais sobre identificação, prevenção, controle e medidas para evitar a disseminação da Sigatoka Negra (Mycospherella fijiensis), praga que causa grandes prejuízos aos produtores de bananas.
Participaram da visita técnica 55 fiscais estaduais agropecuários engenheiros agrônomos da Agrodefesa, seis técnicos da área de extensão rural da Emater-Goiás e dois auditores fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura. As atividades foram conduzidas pela gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio e Silva, e pelo coordenador do Programa Estadual de Prevenção e Controle de Pragas em Banana, Juracy Rocha Braga Filho. A iniciativa teve apoio também do coordenador da Unidade Regional Rio Caiapó da Agrodefesa, em Iporá, Valfrido Morbeck Barros de Souza, das demais Unidades Regionais da Agrodefesa que enviaram os fiscais e também da prefeitura de Bom Jardim de Goiás.
Trabalho fitossanitário
Em Goiás, a Sigatoka Negra foi detectada em 2017 em plantios não comerciais em propriedades rurais dos municípios de Arenópolis, Bom Jardim, Baliza e Doverlândia, todos no extremo Oeste do Estado. Mesmo com a presença da praga, o Ministério da Agricultura manteve Goiás com o status de zona livre da doença, exceto nos quatro municípios onde foram detectados focos.
A partir daí a Agrodefesa vem adotando uma série de providências para evitar a disseminação da praga para outras regiões do Estado, principalmente para plantios comerciais. Dentre essas ações, estão o acompanhamento dos produtores, o repasse de orientações técnicas, inclusive com recomendação para erradicação de bananais já contaminados. Além disso, foi suspensa a comercialização de bananas provenientes dessas lavouras.
A visita técnica realizada hoje foi mais uma das ações voltadas para o controle e eliminação do problema. Os participantes são provenientes de todas as principais regiões produtoras de banana do Estado. No local eles tiveram explicações detalhadas sobre caracterização da Sigatoka, meios de propagação, orientação sobre a erradicação e principalmente medidas fitossanitárias para barrar a disseminação da praga para outras regiões.
Para tanto, na realização da visita técnica de hoje foram tomados todos os cuidados para evitar que a praga seja levada para outras regiões do Estado. Foi instalado pedilúvio para uso dos participantes que também usaram luvas, protetores de calçados e, ao deixarem as lavouras, esterilizaram as mãos com álcool gel e tiveram de trocar de roupas. Até os pneus do ônibus e dos veículos que conduziram os participantes foram esterilizados. Ao final dos trabalhos de hoje, os fiscais afirmaram que a iniciativa foi muito proveitosa, especialmente pelas informações técnicas repassadas e pela a importância das medidas fitossanitárias recomendadas para controlar o problema.
Também como parte das ações voltadas ao controle da Sigatoka, na quarta-feira (2/10) a gerente Daniela Rézio e o coordenador do Programa de Banana, Juracy Rocha, se reuniram com um grupo de produtores do município de Bom Jardim, oportunidade em que repassaram informações técnicas sobre a Sigatoka Negra, incluindo medidas de prevenção para evitar que a praga infeste os bananais, formas de controle, erradicação de lavouras e como evitar a disseminação. Os produtores ouviram com atenção as explicações e ao final fizeram muitas perguntas e puderam ter suas dúvidas esclarecidas pelos técnicos.
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