Vazio sanitário da soja segue até 30 de setembro, reafirma Agrodefesa  

Iniciado no dia 1º de julho, o vazio sanitário da soja está mantido até 30 de setembro, conforme a Instrução Normativa nº 8, de 6 de novembro de 2014, da Agência Goiana de Defesa Agropecuária – Agrodefesa. Durante esse período não pode haver plantas vivas dessa cultura no campo. O vazio sanitário é uma estratégia adicional no manejo da ferrugem asiática da soja, e tem como objetivo reduzir a quantidade de uredosporos do fungo no ambiente durante a entressafra e, dessa forma, reduzir a possibilidade de incidência precoce da ferrugem nos cultivos da safra de verão.

Após a colheita dos campos de produção, é comum nascerem plantas voluntárias pela existência de grãos que ficam depositados no solo. É justamente essas plantas que devem ser eliminadas, para evitar o surgimento precoce da ferrugem asiática nos plantios de verão, cuja semeadura começa em 1º de outubro. O presidente da Agrodefesa, José Essado, enfatiza que não houve qualquer mudança na Instrução Normativa e as regras devem ser observadas pelos agricultores.

Desde que teve início o vazio sanitário, os fiscais da Gerência de Sanidade Vegetal têm monitorado as áreas de plantio, trabalho que deverá ser intensificado no mês de setembro. O vazio sanitário é de suma importância e por isso mesmo já é praticado em Goiás desde o ano de 2006. O saldo desse procedimento preventivo é muito positivo, com benefícios econômicos, fitossanitários, sociais e ambientais.

Conforme a normativa nº 6/2014 da Agrodefesa, a safra de verão começa a ser semeada em 1º de outubro e vai até 31 dezembro. Os produtores que descumprirem as regras da legislação fitossanitária serão penalizados com multa de R$ 250,00 por hectare e com outras sanções previstas na Lei Estadual de Defesa Vegetal nº 14.245, de 29 de julho de 2002, regulamentado pelo Decreto nº 6.295 de 16 de novembro de 2005 e na Lei Federal nº 9.605 de 1998.

Importância

É fundamental que os produtores colaborem e eliminem todas as plantas voluntárias da safra anterior. O resultado esperado é o atraso no surgimento da ferrugem na safra seguinte, o que reduzirá o número de aplicações de fungicidas e menos gasto com mão de obra na aplicação. O vazio sanitário não elimina a incidência da ferrugem, mas minimiza muito o problema, com ganhos econômicos, fitossanitários, sociais e ambientais para os produtores e para a população como um todo. Na safra 2017/2018, Goiás cultivou 3.340.863 hectares de soja, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

O artigo 8º da Instrução Normativa nº 08/2014 estabelece alguns casos em que a Agrodefesa poderá autorizar a semeadura e a manutenção de plantas vivas no período do vazio sanitário: cultivo em áreas dos projetos públicos de irrigação em Goiás (Luís Alves do Araguaia) e cultivo em ambiente protegido de pesquisa (estufas agrícolas e casas de vegetação). Neste caso, os pesquisadores devem apresentar à Agrodefesa até dia 30 de abril de cada ano o requerimento para cultivo juntamente com o plano de trabalho detalhado e Termo de Compromisso e Responsabilidade, em modelos definidos pela Agência.

Assessoria de Comunicação – 3201-3546

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