Destaques da pecuária nacional, municípios goianos contam com a Agrodefesa para segurança de seus rebanhos e produções
Dados divulgados pelo IBGE apontam que Nova Crixás, Rio Verde, Itaberaí, Inhumas, Leopoldo de Bulhões e Orizona foram destaque quanto ao efetivo de rebanho e números da produção. Defesa agropecuária realizada pelo Governo de Goiás nesses locais garante sanidade aos animais, bem como qualidade dos produtos que chegam à população
Os municípios goianos de Nova Crixás, Rio Verde, Itaberaí, Inhumas, Leopoldo de Bulhões e Orizona são destaques na produção da pecuária nacional, como detentores dos maiores efetivos de diferentes rebanhos e produtos de origem animal do País. É o que mostra o levantamento da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao ano de 2023, divulgado nesta quinta-feira (19/09).
Foram divulgados dados referentes ao efetivo de bovinos, suínos e galináceos, bem como a produção de ovos e leite, e esses municípios aparecem entre os 20 maiores de cada um desses segmentos. O Governo de Goiás tem acompanhado o desenvolvimento destes rebanhos e produções, sendo que parte desse trabalho se dá pelas ações da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), atuando tanto nos programas de sanidade animal, quanto na fiscalização agropecuária e inspeção de produtos de origem animal, que vão da produção no campo até a sociedade.
“Sempre falamos que Goiás é referência no conjunto de suas produções agropecuárias, mas vale lembrar que esse sucesso também se estende aos nossos municípios, que se destacam também de forma individual. E essa produção lá na ponta é acompanhada pela Agrodefesa, que atua por meio de suas doze unidades regionais distribuídas pelo Estado, bem como pelas Unidades Operacionais Locais nos municípios, levando os programas e ações do Estado na defesa agropecuária”, informa o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.
Conforme explica a gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Denise Toledo, a Agência possui diferentes programas de vigilância, além de ações de fiscalização e monitoramento, junto aos produtores para garantir a sanidade desses rebanhos. “Muitas vezes um mesmo rebanho, como o bovino, pode ter o acompanhamento de diferentes programas por parte da Agrodefesa, a exemplo daqueles voltados à raiva, à febre aftosa, ou a brucelose e tuberculose. É o conjunto de ações que garante a sanidade desses animais e refletirá em um gado sadio, livre de doenças, cuja carne poderá atingir os padrões para consumo interno ou até mesmo exportação”, considera.
Ela aponta que as ações desenvolvidas pelos programas da Agrodefesa são repassadas aos coordenadores das Unidades Regionais no Estado e estes ficam responsáveis tanto pelo acompanhamento da produção, por meio da fiscalização e cumprimento das leis pertinentes, quanto pela orientação junto aos produtores, através da educação sanitária. “Hoje vemos o sucesso desses municípios entre os maiores do País em termos de rebanho e de produção, porque o trabalho executado pela Agrodefesa vem sendo desenvolvido em parceria com os produtores ao longo de muitos anos. Foi o caso, por exemplo, da retirada da vacinação da febre aftosa, possível por conseguirmos o status de livre da doença sem a prática da vacinação, que permitirá que alcancemos ainda mais mercados”, complementa.
Efetivo de rebanhos
No caso do rebanho bovino, segundo os dados da PPM 2023, Goiás possui 23,7 milhões de cabeças e é o terceiro maior rebanho bovino do País. Nova Crixás é o grande destaque do Estado, aparecendo em 16º lugar entre os municípios de todo o País, com 801,9 mil cabeças. “Nova Crixás tem o maior rebanho bovino do Estado e um dos maiores do País, o que exige maior esforço por parte da Agrodefesa. Temos trabalhado em diversas frentes, com os programas de sanidade, auditorias do Sisbov para propriedades que se credenciam à exportação, além da vigilância ativa nas fazendas e confinamentos para garantir que doenças erradicadas, como a febre aftosa não cheguem ao estado, vindas por meio da aquisição de gado sem documentação sanitária, proveniente de outros estados fronteiriços, por exemplo”, afirma o coordenador da Unidade Regional Rio Vermelho, Douglas Meyer Simões.
Por parte da Agrodefesa, além das ações focadas na sanidade animal, também é realizada a fiscalização agropecuária do trânsito desses animais e da movimentação para os estabelecimentos que os recebem para abate. “A Agrodefesa acompanha tanto o trânsito dos animais, considerando a movimentação de uma propriedade para outra, ou mesmo para os locais de abate e processamento, verificando se esses estabelecimentos estão regularizados quanto ao cumprimento das leis e normas que regem o trânsito de produtos de origem animal e a qualidade dos alimentos”, defende o gerente de Fiscalização Agropecuária, Janilson Júnior.
O coordenador da Unidade Regional Rio Vermelho, Douglas Simões, acrescenta que o trabalho vai além da defesa agropecuária e inclusive complementa a fiscalização da Secretaria da Economia, que acompanha a movimentação dos animais e atua de forma conjunta no acompanhamento da fiscalização tributária. “Além do trabalho essencial para a sanidade do rebanho, a ação da Agrodefesa também contribui para evitar perdas fiscais e tributárias, beneficiando os produtores que estão em dia com suas obrigações e o Estado como um todo”, reforça.
A regional também abriga outro município de destaque, além de Nova Crixás. Trata-se de Itaberaí, que é atualmente o maior produtor de galináceos do País, com 16 milhões de cabeças, segundo a PPM 2023. “A vocação da avicultura do município exige o acompanhamento das granjas, com renovação do cadastro, fiscalização e orientação quanto à questão estrutural e parceria com os responsáveis técnicos. É um trabalho de interesse mútuo, para evitar a entrada no Estado de doenças de grande importância econômica, como a Influeza Aviária, por exemplo”. Considerando todo o efetivo de galináceos do Estado, são 104,7 milhões de cabeças.
Além de Itaberaí, Rio Verde também aparece entre os dez maiores produtores nacionais de galináceos, na sétima posição, com 11 milhões de cabeças. O município, que é grande produtor de diferentes culturas agrícolas e pecuárias, também se destaca quanto aos suínos. Rio Verde possui o sexto maior efetivo nacional, com 396,9 mil cabeças, do total de 1,5 milhão existentes no Estado. Conforme explica o coordenador da Unidade Regional Rio Verdão da Agrodefesa, Giovani Miranda, a Agrodefesa mantém um trabalho efetivo de acompanhamento, tanto na sanidade animal, quanto na fiscalização das granjas e inspeção dos frigoríficos presentes na região.
“Rio Verde é o maior produtor do Estado de diversos tipos de produção e nossas ações, aqui, na área de suínos e aves, visam uma intensificação e uma fiscalização da biossegurança dessas granjas produtoras, para que garanta o status sanitário de exportação”, pontua. “Temos médicos veterinários altamente capacitados e fazemos atendimentos constantes diários e semanais, além de inquéritos anuais que fazem a amostragem dessa população de suínos e aves para atestar a sanidade em relação a doenças de interesse econômico. E a Agrodefesa tem conseguido manter sempre o status sanitário adequado desses rebanhos, ou seja, livre de doenças, considerando sempre o atendimento a todos os prazos legais”, complementa.
Ovos e Leite
Além do efetivo de rebanhos, a Pesquisa da Pecuária Municipal 2023 do IBGE traz dados sobre produtos de origem animal, como ovos e leite, que também têm representantes goianos entre os maiores do País. Sobre o processamento de produtos de origem animal como estes, o Governo de Goiás também realiza a inspeção sobre o cumprimento das normas sanitárias.
O gerente de Inspeção da Agrodefesa, Paulo Viana, lembra que é da competência da Agência acompanhar o processamento da matéria-prima de origem animal até o produto final, visando garantir a inocuidade e a qualidade dos alimentos manipulados ou fabricados no Estado de Goiás para a proteção à saúde pública. “No caso dos ovos e do leite, também temos nossos inspetores a campo, com ações de inspeção higiênico-sanitária, industrial e tecnológica dos produtos e subprodutos de origem animal, seus derivados e resíduos”, acrescenta.
Inhumas e Leopoldo de Bulhões se destacam nacionalmente na produção de ovos, ocupando o 8º e o 10º lugares respectivamente. Inhumas produziu 56,4 milhões de dúzias em 2023, e Leopoldo de Bulhões, 55,2 milhões, do total de 295,1 milhões de dúzias produzidas em todo o Estado. Os dois municípios pertencem à Unidade Regional Rio das Antas da Agrodefesa.
De acordo com o coordenador Marcelo Sales Guimarães, nestes municípios o foco está principalmente na sanidade avícola, que vai desde o cadastramento das granjas, passando pelo controle de trânsito (origem das pintainhas, destino das aves de descarte ao final do ciclo de produção), até o acompanhamento e fiscalização das medidas de biosseguridade executadas pelos proprietários e seus responsáveis técnicos. “Fazemos ainda a vigilância ativa, com colheita de amostras quando necessário, a exemplo do monitoramento da Influenza Aviária e Doença de Newcastle, felizmente ainda inexistentes no Estado. Hoje, por determinação da Gerência de Sanidade Animal, pelo menos uma fiscalização/vistoria ao ano é realizada em cada granja e a depender de alguma ocorrência, essa frequência na granja pode ser maior”, pondera.
Em relação à produção de leite, o trabalho da Agrodefesa segue a mesma linha em diferentes frentes. O município de Orizona, que produziu 124,2 milhões de litros de leite em 2023, aparece na 7ª colocação no ranking nacional e recebe forte acompanhamento por parte dos fiscais e agentes estaduais agropecuários.
O coordenador da Unidade Regional Rio Corumbá, Lúcio Costa, destaca a vigilância ativa em relação a doenças como a raiva de herbívoros, a brucelose e a tuberculose. “Com relação à raiva, em razão do município estar entre os listados como área de risco para a doença, a vacinação é obrigatória. E pelo fato de ser gado leiteiro, o cumprimento da vacinação contra a brucelose também é extremamente necessário”, enfatiza. “O município é um dos prioritários do governo para fomentar a produção de leite e inclusive fará parte de um projeto-piloto de certificação das propriedades como livres de brucelose e tuberculose, além das ações de visita a propriedades, vacinações assistidas, entre outras”.
Ele finaliza, lembrando ainda que, no caso da brucelose e da tuberculose, por se tratarem de zoonoses, o controle dessas doenças é uma ação em prol da saúde pública, pela garantia da qualidade desses milhões de litros de leite produzidos no município.
Comunicação Setorial da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) – Governo de Goiás